Zico projeta Flamengo de 1981 no atual modelo do Mundial; veja

Atualizado: 16/05/2025, 21:25
Zico em entrevista à ESPN

Com o novo formato do Mundial de Clubes prestes a estrear em 2025, o torneio mais importante entre clubes do planeta ganhará ares de Copa do Mundo.

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Serão 32 equipes, jogos em fase de grupos, mata-mata e, para levantar a taça, será necessário encarar uma verdadeira maratona de sete partidas, um desafio completamente diferente do modelo enxuto das edições anteriores.

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Nesse cenário, o eterno ídolo rubro-negro Zico, em entrevista à "ESPN", fez um exercício de imaginação: como seria o Flamengo campeão mundial de 1981 disputando esse formato moderno?

Sem hesitar, o Galinho deixou claro que aquele elenco, liderado por ele e recheado de craques como Junior, Leandro, Adílio, Nunes e Andrade, teria totais condições de chegar longe, e até conquistar o título.

“Tempo para trabalhar. Era um grupo altamente profissional, um grupo sério, de muito talento. Acho que a gente chegaria com o mesmo espírito lá”, iniciou.

Zico ponderou que, em um torneio mais longo e exigente, detalhes fariam a diferença, mas a confiança no potencial do elenco era evidente.

“A possibilidade da gente vencer os adversários era grande e chegar lá e disputar o título, tudo bem. Final é final, tudo pode acontecer. Mas eu acho que aquele time estava totalmente pronto para disputar qualquer tipo de competição”, completou. Assista abaixo:

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Convidado pela "ESPN" para a primeira edição do "Papo de Mundial", Zico relembrou que, em uma época anterior às análises táticas modernas e à facilidade de acesso a vídeos dos adversários, o Flamengo teve um trunfo fundamental para vencer o então melhor time da Europa.

“O Liverpool era um timaço. Tinha o Souness no meio-campo, o Dalglish, que era diferenciado, o Thompson, zagueiro titular da Seleção Inglesa por muito tempo... Era um time que merecia respeito. A grande diferença é que a gente conhecia o Liverpool. Tivemos a sorte de contar com o Claudio Coutinho [técnico do Flamengo antes de Carpegiani] e, principalmente, com seu assistente, o Jairo Santos”, recordou o Galinho.

“Ele tinha tudo sobre o Liverpool. Mas tudo em revista, a gente não tinha vídeo para ver como jogava. A gente tinha fotos e a escalação, e isso o Carpegiani recebeu dele", completou Zico, que também conhecia alguns adversários por enfrentá-los com a Seleção Brasileira.

“Conversei com o Nunes a respeito disso: 'Fique atento, que quando eles saírem, você vai receber a bola'. E, consequentemente, saíram dois gols dessa maneira. E lógico que o nosso time entrava com muita confiança em tudo que é jogo, sabendo que ia ganhar, sabendo que a gente tinha muito a produzir”, finalizou.

Naquela final histórica, o Flamengo foi a campo com o que tinha de melhor: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Uma escalação lendária, que atravessou gerações e ainda hoje é recitada até por quem nem era nascido na época. Nunes (2) e Adílio fizeram os gols.


James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.