'Time está morrendo': Vampeta critica falta de repertório e condicionamento no Flamengo
Com uma maratona de jogos a cada praticamente três dias, a questão física parece estar fazendo efeito no Flamengo, gerando queda de rendimento. Nos últimos dois jogos, resultados ruins contra Cruzeiro e Central Córdoba, o ex-jogador Vampeta chamou atenção para a situação, além de problema criativo na equipe.
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De acordo com Vampeta, principalmente no segundo tempo, o Flamengo está "morrendo", fazendo alusão ao desgaste e o cansaço que a maioria dos jogadores tem sentido. Apesar disso e de entender que o calendário do futebol brasileiro é complicado, o ex-jogador analisa que os atletas têm de superar cada dia.
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"O que eu sinto no Flamengo é o seguinte, no segundo tempo, o Flamengo está morrendo. Os 20 minutos finais contra o Cruzeiro, e contra o Central Córdoba também, eu senti que cada vez mais o campo ficou maior pro Flamengo. O atleta tem que estar se superando a cada dia", definiu Vampeta.
Mesmo com um sistema de rodízio durante os estaduais e conseguindo rodar o elenco na Copa do Brasil, ainda assim Filipe Luís tem sofrido para montar o time, visto que quase todo jogo tem de lidar com ao menos dois ou três desfalques.
Isso tem forçado um elenco que, apesar de muita qualidade, não é tão vasto como se imaginava.
Central Córdoba se aproveitou de cansaço do Flamengo e falta de repertório
Analisando o jogo contra o Central Córdoba e como o desgaste físico interferiu no resultado, Vampeta comentou como os argentinos perceberam que o Flamengo estava cansado, dessa forma, explorando o momento e chegando ao empate.
Vampeta chama atenção em como no lance do gol e em outros momentos da partida, o Flamengo parecia muito distante e devagar na marcação, claramente acusando cansaço.
Além desse fator físico, o ex-jogador destacou que tecnicamente faltaram alternativas para o Rubro-Negro, principalmente em tentar algo novo quando o jogo ficou empatado.
"O Central Córdoba percebeu isso. Se você pegar a jogada do gol que o Flamengo toma, o gol de empate, até o próprio lance do pênalti, tudo muito distante, tudo muito lento. Um desespero assim, faltou um: vamos lá, somos o Flamengo, vamos jogar aqui, bola na área, mostrar alguma coisa, um repertório diferente", comentou.
Para Vampeta, o Flamengo, mantendo a ideia de posse de bola e de achar o espaço rodando o jogo, fez com que o tempo passasse e o campo ficasse maior, ou seja, cansando ainda mais seus jogadores, faltando de fato um ímpeto de ir pra cima com tudo.
"Sempre com o mesmo toque de bola, e o tempo vai passando, o campo vai ficando maior. O jogo do Cruzeiro também foi assim, me pareceu que os 15 minutos finais do Flamengo, assim como contra o Central Córdoba, não teve aquela reação de querer ir", analisou Vampeta.
Contratações podem ser solução para o Flamengo?
Olhando para o Mundial e consequentemente para o segundo semestre, o Flamengo mira a contratação de ao menos mais quatro reforços. Um deles já está certo. Jorginho chega ao Rubro-Negro para encorpar o meio-campo.
Além do volante, a diretoria rubro-negra pensa em trazer dois pontas, com características que o elenco atual não tem, fora um "camisa 10", que seria uma sombra de Arrascaeta, quando o uruguaio não estivesse disponível, seja por convocação ou desgaste físico.
Povoando mais o elenco e trazendo outras opções de qualidade, o desgaste pode passar a incomodar menos, o que não significa que deixará de existir. Mas poder descansar certos atletas mantendo o nível do time lá em cima, pode ser determinante para uma equipe que briga por todos os torneios.
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