Rizek perde paciência com comparações: 'Diferença está na economia, idiota'

Atualizado: 30/06/2025, 11:10
andré rizek analisa o que foi flamengo e corinthians

Com a Copa do Mundo de Clubes, voltou o debate sobre qual seria a grande diferença que distância tanto o futebol sul-americano para o europeu. Para o jornalista André Rizek a resposta é óbvia, inclusive se irritando depois do jogo entre Flamengo e Bayern de Munique.

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O Flamengo lutou muito, chegando talvez no seu limite, mas não conseguiu superar o Bayern de Munique. Isso, junto do bom jogo que o time fez, gerou o debate sobre a diferença de patamar entre as equipes, que para Rizek, se dá claramente pelo abismo financeiro existente.

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O comentarista dispara sobre como o nível técnico nunca foi discrepante, tanto que todos os gigantes europeus, com exceção justamente do Bayern, tem brasileiros no plantel.

A diferença está no dinheiro, sendo os europeus aqueles que controlam o capital e conseguem vir ao Brasil, ou qualquer outra liga sul-americana que seja, e obter os talentos.

"A gente insiste em perguntar sobre uma coisa tão óbvia e ululante, que é a diferença do futebol sul-americano para o europeu. Quero deixar claro, isso é uma coisa tão óbvia, que não é a diferença do futebol do jogador sul-americano para o europeu, tanto que, com exceção feita ao Bayern, todos os europeus aqui, vivos na competição, têm jogadores brasileiros. O Vinícius Júnior joga na Europa, assim como os nossos principais jogadores. E a gente insiste em perguntar a diferença do futebol sul-americano para o europeu. É o dinheiro, é a economia, idiota, como diria o outro", analisou Rizek.

Para efeito de comparação, Harry Kane, autor de dois gols sobre o Flamengo, custou aos cofres do Bayern de Munique R$ 538 milhões. Segundo dados do Transfermarkt, o plantel inteiro do Rubro-Negro custa pouco mais de R$ 1,5 bilhões. Ou seja, somente um jogador dos bávaros, equivale a um terço de todo o elenco flamenguista.

Filipe Luís decorreu sobre o assunto em coletiva, apontando justamente o fator financeiro como a grande diferença de realidade entre os continentes.

O técnico cita como os grandes talentos são comprados pelo futebol europeu, usando Vini Jr como exemplo.

"O nível entre o futebol brasileiro, sul-americano e europeu é tão enorme que é intransponível. O que fazer para que isso não seja assim? Não vender jogadores. Impossível. Se o Vinicius Júnior não tivesse saído, hoje teríamos o melhor jogador do mundo jogando com a gente. E por que eles saem? Porque querem jogar na elite do futebol. E é muito simples. São os melhores", analisou. 

Para Rizek, Flamengo só venceria o Bayern em um dia "perfeito"

Ainda frente essa diferença entre clubes, para André Rizek, o Flamengo precisaria enfrentar o Bayern de Munique de 10 a 12 vezes para vencer uma.

O jornalista afirma que a partida deveria ser perfeita, com Rossi operando milagres, time se aproximando do erro zero, e o Bayern ainda por cima não desempenhando tão bem.

"Eu acho que se o Flamengo jogar umas 10, 12 vezes com o Bayern, talvez consiga ganhar um jogo. Estou chutando, né? Porque eles não jogam 10, 12 vezes. Eu acho que talvez consiga, num dia em que o Bayern não esteja tão bem, num dia em que o Flamengo se aproxime... Não existe erro zero, mas num dia em que o Flamengo se aproxime do erro zero, num dia em que o Rossi consiga fazer milagres, um jogo, dá para sonhar", dispara Rizek.


Diedrich Bader
Autor
Jornalista formado pela Universidade Paulista (UNIP), 23 anos, natural de São Paulo. Atua na cobertura esportiva desde 2020, produzindo conteúdo focado em notícias, análises e repercussões do esporte.