Retrospectiva do Flamengo em 2025: títulos, personagens e bastidores

Atualizado: 31/12/2025, 08:06
Jogadores do Flamengo levantam o troféu e comemoram título da Libertadores 2025

O Flamengo entrou em 2025 com expectativas, mas, também, cicatrizes. Era o clube que não vencia o Brasileirão desde 2020, ou a Libertadores desde 2022.

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A Era é de conquistas, e o time não passou em branco nos últimos anos. A Copa do Brasil 2024, por exemplo, foi muito importante.

Mas a Nação queria voltar a conquistar o país e a América. Tudo isso tornou o ano ainda mais Flamengo no jeito de ser. O técnico era um ídolo, mas novo na função.

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Sua história começou ainda em 2024, e foi bonita: Filipe Luís assume o lugar de Tite para levar o time ao título da Copa do Brasil. Deu confiança para a continuidade do trabalho no ano histórico de 2025.

Sem placar, sem artilharia, sem tabela, foram mais do que taças: foram respostas. A reafirmação da identidade Flamengo foi mais do que levantar troféus, foi o Flamengo se lembrando do que é ser Flamengo quando precisa vencer, vencer e vencer.

O DNA é ofensivo, mas pode ter se perdido drasticamente com Tite ou outros nomes anteriores. E uma Copa do Brasil pareceu pouco para um clube desse porte e organização.

Bap chegou para o seu primeiro ano prometendo profissionalização e trazendo José Boto, que, se não foi brilhante nas janelas, teve, no mínimo, saldo positivo.

O Flamengo encerra o ano muito mais forte do que quando entrou na temporada. Jorginho, Carrascal e Saúl são alguns dos nomes mais importantes, mas Samuel Lino e Emerson Royal, embora ainda não tenham dado resposta, simbolizam que o clube pode se lar ao luxo de ter um time competitivo em diversas posições ainda que se troque peças.

Vencer o Carioca foi só o começo, e o pé no chão que levou o time a se consagrar em 2019 voltou a reinar em 2025. A disputa foi intensa, e o Flamengo só foi campeão quando levantou o troféu. Até lá, os discursos de Filipe Luís eram os mesmos: 'Não ganhamos nada'. 

A afirmação de um ídolo: Arrascaeta foi o coração do Flamengo

E se ganhou, é muito por conta de Arrascaeta. Em um elenco estrelados, há nomes que se destacam, e o Camisa 10 se confirmou como a maior das estrelas.

O uruguaio sempre foi ídolo e seu lugar na história rubro-negra já estava confirmado, mas a temporada, bem como sua terceira Libertadores pelo clube, o coloca na mesma mesa de Zico para muitos torcedores, que começam a colocá-lo como o segundo maior ídolo do clube. Não é só a longevidade na equipe que faz isso.

Em 2025, Arrascaeta assumiu o papel de goleador, sendo o artilheiro do Flamengo no Brasileirão. Ele apareceu em momentos importantes, e se tornou 'case de sucesso' do Departamento Médico na temporada.

Isso porque o clube soube levar Arrascaeta ao seu nível máximo, chegando ao auge físico que o permitiu ser o melhor jogador da América do Sul no ano.

Na Libertadores, ele seguiu alçando seu nome a história: assistência para Danilo no gol do título da Copa Libertadores. Foi a terceira final de Libertadores dando assistência, repetindo 2019 e 2021. Cada vez mais imortal na história flamenga.

A vingança

Talvez a Libertadores de 2025 seja a que mais chega perto da emoção de 2019. Nada se compara, já que o Flamengo não vencia há 38 anos e uma geração de rubro-negros jamais tinha visto o time campeão da América.

Mas em 2025, o fator Palmeiras deixou tudo mais tenso. Isso porque a final de 2021 deixou cicatrizes, e era uma das principais feridas abertas para a temporada.

Foram quatro anos aturando as gozações palmeirenses, mesmo com a soberania geral do confronto a favor do Flamengo. A final da Libertadores teve um peso, e isso aumentou com Andreas Pereira, que errou no gol do título palmeirense em 2021, indo para o próprio Palmeiras em 2025.

Mas o Flamengo mostrou que é superior na bola. O time não precisou de um erro crasso do adversário, e a humilhação veio no campo: Andreas Pereira levou duas canetas, o que foi mais especial do que se o jogador errasse em um gol importante.

Danilo subiu mais que todo mundo no escanteio, jogada mortal durante toda a temporada. Ele foi o herói contra o Palmeiras, mas em um jogo que o Flamengo foi superior no futebol. Em 2021, o Palmeiras já não tinha sido o melhor, mas, na prorrogação, soube aproveitar um erro individual. 

O contexto geral mostra que o Flamengo é, sim, superior ao seu principal adversário brasileiro. O único que pode competir com o Rubro-Negro, mas que ainda não o alcança.

Mas a decisão ainda era tensa para alguns torcedores, já que uma derrota em uma segunda final de Libertadores para o Palmeiras poderia causar feridas quase irreversíveis para os torcedores. O Flamengo não só se livrou disso. E não só se igualou ao rival paulista em finais. Não está 1 a 1: ficou claro que o melhor time é o carioca.

Personagem silencioso, Rodrigo Caio se tornou peça crucial

Não foi só Filipe Luís. O Flamengo contratou outro ídolo: Rodrigo Caio, que passou a integrar a comissão técnica permanente do Rubro-Negro.

Esse foi um dos principais personagens do ano. A temporada começou com Daniel Alegria como principal responsável pela bola parada do Flamengo.

Alegria deixou o clube para a chegada de Rodrigo Caio, que transformou essas jogadas.

O gol de Danilo na final da Libertadores foi o reflexo do que o ex-zagueiro fez ao longo do ano. Foram diversas jogadas ensaiadas observadas.

O Flamengo fez muitos gols de bola parada, transformando essa jogada em uma das principais valências da equipe. Seja com Léo Pereira, Ortiz, Danilo ou outros nomes. Fato é que Rodrigo Caio fez parte dessa organização e levou o clube a se tornar um mosntro na bola parada, imparável por seus adversários.

O Flamengo de 2025 foi mortal, e poucos foram os que conseguiram o feito de derrotá-lo. Os que conseguiram por erros individuais, noites ruins e obras de acaso, podem se vangloriar eternamente. É o caso do Central Córdoba, que comemorou como um título mundial em Santiago del Estero e fez até muro histórico para relembrar a vitória.

E isso não é sobre remoer o que deu errado. É exaltar o que deu certo. Tão certo ao ponto de seus rivais considerarem um fato histórico derrubar o gigante da América do Sul.

E a disparidade só promete aumentar, com o ano terminando com frases fortes de Bap: "Minha vez de gastar" e "Não vamos deixar ninguém gastar mais do que nós".

O Flamengo de 2025 é uma lenda, mas que ainda parece longe de ter fim e promete seguir assombrando seus detratores e hipócritas em 2026 e, se Zico quiser, pelos próximos anos.

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Erick Viana
Autor
Jornalista formado pela UniCarioca e pós-graduado em Jornalismo Esportivo. Especializado na cobertura do Flamengo, une paixão pelo esporte e pela comunicação para levar informação com credibilidade e emoç...