Quando sai a renovação? Filipe Luís é direto e explica demora
Em meio a conversas sobre a extensão de seu contrato, o técnico do Flamengo, Filipe Luís, adotou cautela e foco, relatando que a permanência no clube é um desejo mútuo entre o treinador e a diretoria.
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No entanto, o comandante rubro-negro deixou claro, em entrevista coletiva após a vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, que a prioridade nos últimos meses foi a intensa preparação para a Copa do Mundo de Clubes, o que colocou as negociações em segundo plano.
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Ele também ofereceu uma análise ponderada sobre o impacto do torneio para o futebol brasileiro, sugerindo que uma transformação profunda ainda não é iminente.
Questionado sobre a declaração do presidente do Flamengo, que indicou que as tratativas para a renovação ocorrem desde o final de abril e aguardam uma resposta do treinador, Filipe Luís minimizou qualquer tipo de impasse. "É muito fácil. Eu quero ficar e o clube quer que eu fique. Não tem outro caminho", afirmou, transmitindo segurança sobre seu futuro no Ninho do Urubu.
A razão para a calma, segundo ele, foi a dedicação exclusiva ao torneio internacional.
"Eu não tenho pressa, porque minhas prioridades são estudar muitos adversários. Tivemos o Mundial pela frente e foram noites e noites, não sem dormir, mas acordando no meio da noite, com preocupações", explicou o técnico.
Ele reforçou que seus princípios e visão de jogo estão alinhados com a diretoria e que a formalização do novo vínculo deve ocorrer em breve. "Estou muito feliz de o clube acreditar também na ideia e não tenho dúvida que vai se resolver o antes possível", concluiu.
Saldo da Copa do Mundo de Clubes
Sobre a participação dos times brasileiros na Copa do Mundo de Clubes, Filipe Luís se mostrou cético quanto a uma mudança imediata no comportamento tático ou técnico das equipes no Brasil. Para ele, a experiência foi valiosa, mas o retorno à realidade nacional impõe desafios únicos que moldam o estilo de jogo no país.
"Acho que não vai mudar tanto ainda, porque os jogadores são os mesmos, os treinadores são os mesmos. A gente volta para uma realidade onde nós temos um futebol adaptado a viagens, a gramados, a condições climáticas", ponderou, acrescentando a intensa cobrança das torcidas como outro fator.
Apesar de reconhecer a superioridade financeira e técnica dos europeus, o treinador valorizou a capacidade competitiva sul-americana. Para ele, o torneio serviu como um importante termômetro.
"Os melhores jogadores foram para lá, estão lá, eles montam seleções em cada time desses de elite. Foi uma experiência para a gente se enxergar dentro do campo, ver como é que nós estamos, tanto taticamente como tecnicamente", disse.
Filipe Luís também destacou o valor das interações proporcionadas pela Copa do Mundo, como a troca de informações com outros técnicos e a oportunidade de analisar a cobertura da imprensa estrangeira.
Ao final, lamentou a eliminação do Flamengo nas oitavas de final: "Foi uma pena ter caído nas oitavas, eu acho que poderíamos ter chegado um pouco mais longe e seria o ideal", concluiu.
Agora o Mengão, líder do Brasileirão com 27 pontos, terá o Santos pela frente, na próxima quarta-feira (16), às 20h (de Brasília), na Vila Belmiro.
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