PF mira quadrilha investigada por fraude milionária no FGTS de jogadores e técnicos

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a terceira fase da Operação Fake Agents, que investiga um esquema de fraudes milionárias em saques de FGTS de jogadores de futebol, ex-jogadores e treinadores. Segundo a PF, o grupo criminoso desviou mais de R$ 7 milhões utilizando documentos falsos e contando com o apoio de funcionários da Caixa Econômica Federal.
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Nesta etapa, os agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Três deles são em residências de funcionários da Caixa e o outro em uma agência da estatal. A investigação aponta que os colaboradores do banco facilitavam o levantamento dos valores de forma irregular.

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De acordo com a PF, a operação identificou novas vítimas, incluindo atletas brasileiros e estrangeiros, além de técnicos renomados. A advogada apontada como líder do esquema teve a carteira da OAB suspensa e usava sua rede de contatos em agências da Caixa para realizar os saques fraudulentos.
O caso que desencadeou a investigação ocorreu em 2024, quando um banco privado registrou notícia-crime após detectar a abertura de uma conta com documentos falsos em nome de um jogador. A movimentação posterior levou ao recebimento indevido de valores do FGTS desse atleta, com prejuízo estimado em R$ 2,2 milhões.
A PF informa que o grupo utilizava contas abertas com identidades falsificadas para solicitar saques de FGTS pertencentes às vítimas. As apurações envolvem crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa. Novas imputações podem surgir com o avanço da investigação.
A ação é conduzida pela Unidade de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, com apoio da área de inteligência e segurança da Caixa.
Jogadores e técnicos identificados como vítimas no esquema do FGTS
- Luiz Felipe Scolari
- Gabriel Jesus
- Oswaldo de Oliveira
- Paulo Roberto Falcão
- Ramires
- Titi
- Raniel
- Obina
- Paolo Guerrero
- Christian Cueva
- Joao Rojas
- Alejandro Donatti
Próximos passos da investigação
A PF ainda apura se o grupo criminoso atuou em outras agências da Caixa no Rio de Janeiro e se há mais vítimas entre atletas e treinadores. A análise do material apreendido nesta quinta-feira deve ampliar o número de investigados e ajudar a identificar movimentações financeiras relacionadas aos saques irregulares. O inquérito segue em andamento e novas fases da operação não estão descartadas.











