Palmeiras deseja que Flamengo e outros clubes pressionem a Conmebol

Atualizado: 07/03/2025, 21:16
Leila Pereira em pé discursando em cerimônia do Palmeiras. Ao fundo, telão mostrava escudo do clube paulista

O Palmeiras começou uma mobilização nos bastidores para unir os clubes brasileiros e intensificar a pressão sobre a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) após o lamentável caso de racismo envolvendo o atacante Luighi, ocorrido na última quinta-feira (7), durante a partida da equipe contra o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20.

Flamengo se solidariza com Luighi e cobra punições 'nos rigores da lei'

Segundo a "ESPN", o objetivo é que, por meio de uma cobrança unificada, a entidade que regula o futebol sul-americano desenvolva um protocolo claro para a aplicação de punições esportivas severas em casos de racismo — uma medida que atualmente não existe.

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O Alviverde ainda não definiu completamente a proposta, mas a intenção é criar uma espécie de cartilha que estabeleça punições objetivas a serem aplicadas em casos evidentes de injúrias raciais, com a severidade aumentando em caso de reincidências.

Atualmente, o plano está sendo elaborado nos bastidores do clube paulista. Assim que estiver finalizado, a equipe tentará obter o apoio de outros times brasileiros, visando pressionar a Conmebol a adotar medidas mais rigorosas, especialmente em seus principais torneios, como a Libertadores e a Sul-Americana.

Presidente do Palmeiras pediu exclusão do Cerro

Mais cedo, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, concedeu uma coletiva de imprensa e expressou sua insatisfação em relação aos diversos problemas que o time paulista já enfrentou com torcedores do Cerro Porteño, relembrando os episódios de manifestações racistas que ocorreram em 2022 e 2023.

"Não é a primeira vez que esse clube ataca nossos jogadores e torcedores. Em 2022, torcedores do Cerro ficaram imitando macacos para nossos torcedores e não aconteceu absolutamente nada. Em 2023, nossos atletas foram chamados novamente de macacos, o Bruno Tabata foi revidar a agressão e foi punido com quatro meses de suspensão. Tentamos reverter essa penalidade e não conseguimos. Agora, pela terceira vez, nossos atletas são atacados por racistas, e todos viram quem foi. O Luighi chamou a atenção do árbitro, o árbitro viu e inclusive não cumpriu a determinação da Fifa, que é paralisar o jogo, prender o criminoso e continuar o jogo" disse a dirigente.

Na entrevista, Leila também anunciou que solicitará a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 e enfatizou que o Palmeiras não se retirará do torneio. A CBF apoiou a iniciativa e formalizou um pedido de expulsão do clube paraguaio. O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, garantiu que aplicará punições severas ao clube paraguaio.

Até o momento, o Cerro Porteño se limitou a se manifestar sobre o caso por meio de uma nota oficial em suas redes sociais.

 


James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.