Mundial: EUA podem 'comer' parte da premiação do Flamengo

Atualizado: 18/04/2025, 22:41

Apesar das premiações milionárias previstas para o novo Mundial de Clubes, a Fifa ainda enfrenta negociações delicadas com autoridades dos Estados Unidos para evitar que os clubes participantes sejam penalizados com altos impostos. Com isso, o Flamengo pode ter boa parte da sua premiação sendo retida pelo país sede.

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Segundo o jornal britânico "The Guardian", a entidade ainda não conseguiu garantir isenção fiscal para as equipes estrangeiras, que podem ser obrigadas a pagar taxas variáveis de acordo com o estado em que atuarem.

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A situação contrasta com a da Copa do Mundo de 2026, que também será sediada nos EUA, além de México e Canadá. Por ter sido organizada com mais antecedência, a FIFA conseguiu assegurar isenção total de impostos para as federações nacionais envolvidas.

Cada clube brasileiro que disputar o Mundial de Clubes receberá US$ 15,21 milhões (cerca de R$ 86 milhões) apenas pela participação. Na fase de grupos, as vitórias renderão mais US$ 2 milhões e os empates, US$ 1 milhão. A partir das fases eliminatórias, esses valores aumentam consideravelmente.

Flamengo atuará em dois estados durante fase de grupos do Mundial

A diversidade de alíquotas entre os estados americanos representa uma ameaça extra às equipes, especialmente às que jogarem em locais com maior carga tributária. Por exemplo, a Flórida, onde o Flamengo fará a terceira partida na fase de grupos, não cobra imposto de renda estadual, o que isenta os clubes que atuarem em Miami ou Orlando desse tipo de tributo.

Em contrapartida, outros estados aplicam taxas significativas, como 3% na Pensilvânia, onde o Flamengo fará seus primeiros dois jogos, 5,5% em Atlanta e 7% na Califórnia.

Além disso, alguns estados dos EUA não reconhecem os tratados de dupla tributação firmados pelo governo federal com outros países, o que pode resultar em uma cobrança duplicada sobre os rendimentos de pessoas físicas e jurídicas estrangeiras.

A Fifa segue negociando com autoridades locais para garantir a isenção, e segundo a reportagem do "The Guardian", há otimismo quanto a um desfecho positivo.

O presidente Gianni Infantino esteve duas vezes com Donald Trump em março, levando inclusive o novo troféu do Mundial de Clubes à Casa Branca. Na semana passada, ele também visitou o FBI como parte da agenda institucional nos EUA.

Confira a tabela do Flamengo na fase de grupos do Mundial:


James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.