Liga de vôlei no Brasil avança com interesse de empresas; CBV comenta projeto

Atualizado: 02/12/2025, 19:10
Bolas em primeiro plano, desfocadas, e o bunner do sesc flamengo com atletas no ginásio do tijuca ao fundo, focado.

A criação de uma liga independente de vôlei no Brasil ganhou atualizações com a entrada da Globo Ventures e da Livemode no negócio. As empresas manifestaram interesse no processo conduzido pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e podem se tornar sócias da futura estrutura comercial da liga. 

Sesc Flamengo evita comentar movimento por liga de vôlei; clubes discutem proposta de R$ 70 milhões

O projeto já contava com a proposta da XP Investimentos, que ofereceu um modelo para captar cerca de R$ 70 milhões junto a investidores, no longo prazo. A ideia é similar à operação feita na Liga Forte União (LFU) do futebol, quando parte dos direitos comerciais foi vendida para parceiros estratégicos. 

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O objetivo é levantar recursos e organizar a liga de forma sustentável, com clubes e CBV como sócios e aporte de capital por investidores externos. Globo Ventures, braço de investimentos do Grupo Globo, e Livemode, empresa de mídia esportiva e detentora da CazéTV, manifestaram interesse. Henrique Netto, diretor de marketing da CBV, revelou a informação em entrevista à Sports Insider.

As duas empresas propõem aportar recursos e ajudar na comercialização dos direitos comerciais da competição, tornando o negócio mais estruturado e atraente para clubes e investidores.

Ainda existem, no entanto, desafios a serem resolvidos antes da implementação. As 24 equipes da Superliga precisam avançar em governança, padronização financeira e infraestrutura mínima nos ginásios.

Também é necessário definir se a liga será organizada como Sociedade Anônima ou Sociedade de Propósito Específico antes de comercializar os direitos. Henrique Netto explicou parte desse processo:

"A gente precisa da união com os clubes e do entendimento do que se trata. Nós estamos mudando de uma competição com viés mais técnico para um negócio com fins lucrativos, em que a CBV vai ser sócia junto com eles, e os investidores vão colocar recursos para ter retorno sobre o investimento"

Brasil se inspira em modelo internacional 

A movimentação no Brasil se inspira no modelo adotado pela Federação Internacional de Vôlei, que criou a Volleyball World em 2021. Na época, a federação vendeu 33% da operação para a CVC Capital Partners, em negócio estimado em cerca de 300 milhões de dólares. A empresa passou a atuar diretamente no desenvolvimento comercial do vôlei mundial.

CBV, clubes e potenciais investidores devem avançar nas discussões ao longo dos próximos meses. A expectativa da confederação é estruturar o modelo e fechar com um parceiro antes da temporada 2026/27, marcada para novembro de 2026. Até lá, o foco será definir governança, formato da liga e qual parcela dos direitos poderá ser oferecida ao mercado.

Como surgiu a ideia de uma liga no vôlei brasileiro

A ideia de criar uma liga independente surgiu diante de problemas estruturais e financeiros da Superliga. Os clubes enfrentam prejuízos na competição, que na última temporada teve custos de R$ 17 milhões, enquanto as premiações continuam baixas e há falta de transparência sobre receitas.

Além disso, divergências sobre a comercialização de placas publicitárias e sobre o formato da final, que neste ano será em jogo único a pedido da TV Globo, mostram a necessidade de uma organização mais profissional. Dirigentes também apontam que a CBV vende mal o produto da Superliga, citando a ausência de um acordo para naming rights como exemplo.

A nova liga surgiu como uma tentativa de reorganizar o voleibol de clubes, dando maior autonomia financeira às equipes e atraindo investidores para tornar a competição sustentável e mais competitiva.

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Matheus Celani
Autor
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pr futebol, vôlei e esportes olímpicos.