Justiça do DF aceita recurso, e Bruno Henrique vira réu por estelionato

Bruno Henrique, atacante do Flamengo, foi oficialmente tornado réu por estelionato pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) nesta quinta-feira (4). A decisão unânime da Terceira Turma Criminal reconsiderou uma decisão anterior que havia negado o pedido do Ministério Público do DF (MPDFT) de enquadrar o caso em mais crimes.
➕ Bruno Henrique indica aposentadoria no Flamengo
O recurso aceito pelo TJDFT inclui também o irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior, a cunhada Ludymilla Araújo Lima e outras seis pessoas, que agora respondem pelo mesmo crime. Caso sejam condenados, podem cumprir de um a cinco anos de prisão.

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A Justiça considerou que as informações enviadas pela International Betting Integrity Agency (IBIA), associação internacional que monitora apostas esportivas, têm capacidade de representar as casas de apostas. Com isso, Bruno Henrique virou réu por estelionato envolvendo apostas em cartões recebidos durante o Flamengo x Santos de 2023.
O relator do caso, desembargador Demétrius Gomes, destacou que a comunicação das casas de apostas demonstrou interesse ativo na punição dos investigados. A fiança de R$ 2 milhões pedida pelo MP foi negada, pois o tribunal entendeu que o atacante não apresenta risco de fuga.
Bruno Henrique é réu por estelionato e fraude esportiva
Em julho, Bruno Henrique virou réu por fraude esportiva. Na ocasião, o MPDFT havia pedido também a inclusão do jogador por estelionato, mas o juiz Fernando Brandini Barbagalo negou o pedido, alegando falta de elementos suficientes para caracterizar o crime.
Com a decisão do TJDFT, o atacante do Flamengo passa a responder criminalmente tanto por fraude esportiva quanto por estelionato. O processo segue em andamento, enquanto o jogador permanece liberado para atuar normalmente pelo Mengão na Copa Intercontinental.
Julgamento no STJD
Na esfera esportiva, Bruno Henrique já foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Em novembro, o tribunal aplicou uma multa de R$ 100 mil, valor máximo previsto pelo código, liberando o atacante do Flamengo para jogar. A decisão não cabe recurso.
A maioria dos auditores entendeu que o episódio de Bruno Henrique não é equivalente aos casos de manipulação com apostas, como a Operação Penalidade Máxima. Por isso, não houve suspensão do jogador, apenas a aplicação do artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
O caso de Bruno Henrique
Bruno Henrique é acusado de atuar deliberadamente para receber cartões durante a partida entre Flamengo e Santos pelo Brasileirão de 2023, em Brasília. O objetivo seria favorecer apostas feitas por familiares e outros apostadores.
Na partida, Bruno Henrique recebeu dois cartões nos acréscimos do segundo tempo: um amarelo e um vermelho em seguida. As advertências coincidiu com os palpites feitos nas casas de apostas, o que posteriormente levou a suspeitas sobre as intenções do atacante.
O Ministério Público do DF destacou que houve volume atípico de apostas em contas recém-criadas, muitas delas localizadas próximas à cidade natal de Bruno Henrique, Belo Horizonte (MG).
A International Betting Integrity Agency (IBIA), que monitora integridade em apostas esportivas, enviou informações à Justiça do DF, confirmando que as casas de apostas foram prejudicadas. Com base nesse levantamento, a Justiça concluiu que há elementos suficientes para tornar Bruno Henrique réu por estelionato.
Vale destacar que a análise do STJD, que concluiu que a ação de Bruno Henrique não configurou manipulação esportiva, pode ajudar a defesa na Justiça comum.
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