Julio Casares se pronuncia e define medidas que serão tomadas após escândalo no São Paulo
Após mais de 24h sem se pronunciar, enfim Julio Casares veio a público por meio de nota e comentou sobre escândalo no São Paulo. Nesta segunda (15), um áudio vazado revelou um esquema irregular no repasse de um camarote no MorumBIS. Os acusados da exploração ilegal na comercialização são Douglas Schwartzmann, diretor-adjunto das categorias de base, e Mara Casares, ex-esposa do presidente e diretora feminina, cultural e de eventos do Tricolor.
➕ Esquema clandestino no São Paulo gera pedido de afastamento na diretoria; torcida se indigna
Na nota, Julio Casares justificou a demora para se pronunciar sobre o assunto. Segundo ele, foi priorizado um maior esclarecimento sobre o assunto e uma análise das medidas a serem tomadas. Lembrando que nos áudios, indiretamente o presidente do São Paulo é citado, levantando suspeitas de que o mesmo já sabia do esquema antes de vir a público.
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Ao se pronunciar, segundo ele, a primeira medida será uma auditoria externa. Depois, todos envolvidos no caso serão ouvidos. Assim, uma sindicância interna será realizada.
Veja a nota de Julio Casares:
"Tomei conhecimento da lamentável conversa telefônica em áudio gravado divulgado pela imprensa nesta segunda-feira, um dia muito triste para a instituição.
Só venho me manifestar agora, um dia inteiro após os fatos virem à luz, porque a prioridade é a de que tudo seja esclarecido e, se assim for necessário, as devidas medidas sejam tomadas.
Casos como este não podem passar sem serem devidamente esclarecidos, e isso será feito por meio da sindicância que foi instaurada imediatamente após a revelação do episódio. Este trabalho, está sendo feito em duas frentes: a primeira e mais importante é a auditoria externa, para que não haja nenhuma possibilidade de interferência política ou de influência de poder. Todos serão ouvidos e um relatório final dará ao Clube suas considerações e orientações de eventuais próximos passos. Em paralelo, a sindicância interna será tocada pelo departamento de compliance.
Não defendo e nem pratico pré-julgamento e condenação prévia. Acredito no amplo direito à defesa. Mas ressalto que, seja qual for o resultado da sindicância, vamos agir com rigor com quem quer que eventualmente seja apontado com conduta inadequada no Clube. Não há e nem haverá favorecimento por proximidade, amizade, parentesco, função ou alinhamento político.
Não podemos conviver com malfeitos de nenhuma natureza. Nenhuma pessoa é e nunca será maior que o São Paulo Futebol Clube."
O que aconteceu até aqui após polêmica no São Paulo
Desde que os acontecimentos vieram a tona, o grupo de oposição do São Paulo pediu o afastamento imediato do presidente Julio Casares. Além dele, do superintendente de futebol Márcio Carlomagno e dos diretores/conselheiros Douglas Schwartzmann e Mara Casares. Os dois últimos citados já estão longe de seus exercícios enquanto a investigação é feita.
Além disso, três membros independentes do Conselho de Administração do São Paulo pediram demissão após o escândalo dos camarotes. Luiz Lara, Marcelo Darienzo e Ricardo Lacerda deixaram o Conselho. Lembrando que esses três eram membros independentes do Conselho, ou seja, um terço do Conselho de Administração (3 de 9) pediu demissão.
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