Jornalista cita Flamengo e aponta falta de 'nível intelectual' na polêmica da Libra
Nos últimos dias, a polêmica entre Flamengo e Libra (Liga do Futebol Brasileiro) ganhou espaço no noticiário da imprensa. O Rubro-Negro obteve uma liminar judicial que bloqueou o repasse de R$ 77 milhões referentes aos direitos de transmissão do Brasileirão. A ação gerou repercussão nos outros clubes, que reclamaram da postura rubro-negra. No programa 'Bate-Pronto', o jornalista Flávio Prado analisou a situação.
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Prado entende o lado do Flamengo, já que o novo acordo estima um prejuízo de R$ 100 milhões ao clube em relação ao último contrato, mas lamenta que o futebol brasileiro não consiga ter 'nível intelectual' para criar uma liga.
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"Nós não temos cultura para ter uma liga, nós não temos nível intelectual para ter alguma coisa dividida. É cada um por si mesmo. O Flamengo está fazendo isso porque ele tem uma condição melhor, não quer abrir mão de nenhum detalhe, como o Palmeiras não quer abrir, nem o Corinthians também vai. Cada um vai entender que o dele é maior. O Bap é um cara que tem a maior torcida e quer tirar um pedaço maior", disse Prado.
Entenda a briga do Flamengo com a Libra
O contrato da Libra com a Globo é de R$ 1,17 bilhão por temporada, com a divisão da receita seguindo três critérios: 40% igual para todos os clubes, 30% de acordo com a performance esportiva e 30% com base na audiência. Essa última fatia, de cerca de R$ 309 milhões ao ano, é o foco da polêmica.
Até 2024, a distribuição era baseada no engajamento, considerando assinantes de TV, torcedores e presença em estádio, favorecendo clubes com grande torcida, como o Flamengo. A nova regra da Libra passou a medir apenas a audiência de cada jogo, dividida 50% para cada clube participante, sem considerar o peso real da torcida ou o engajamento em pay-per-view.
O Flamengo estima que essa mudança cause prejuízos de R$ 100 milhões em 2025 e até R$ 500 milhões em cinco anos. Tentativas de negociação duraram oito meses, discutindo seis fórmulas diferentes, mas a posição do clube foi ignorada.
Em agosto, uma assembleia aprovou a nova regra por maioria, contrariando o estatuto que exige unanimidade para mudanças. Flamengo e Volta Redonda votaram contra e alegam que seu veto deveria ter barrado a decisão.
O clube recorreu à Justiça e conseguiu liminar que bloqueou R$ 77 milhões da Globo, referentes à parcela de audiência. O mérito da disputa será analisado em corte arbitral, enquanto a Libra promete recorrer para derrubar a liminar.
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