Guerra com a Libra tem movimentado os bastidores do Flamengo

Atualizado: 04/10/2025, 10:03

A recente decisão do Flamengo de ir à Justiça e bloquear um repasse de R$ 77 milhões da Libra não reverbera apenas entre os clubes da liga, mas também nos bastidores da Gávea. O que começou como uma disputa por critérios de divisão de receita de TV evoluiu para uma divergência interna, expondo divergências entre a atual gestão e grupos ligados ao ex-presidente Rodolfo Landim. As informações são dos jornalistas Alexandre Araújo e Rodrigo Mattos, do "UOL".

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A diretoria rubro-negra alega que o atual modelo de distribuição causará uma perda de receita de aproximadamente R$ 100 milhões em 2025, comparado ao que o clube faturou em 2024. A gestão de Luiz Eduardo Baptista (Bap) classifica a conduta da Libra como "ilegal" e defende a via judicial como única saída após dez meses de debates.

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Do outro lado, a Libra e seus membros, como Palmeiras, Atlético-MG e Grêmio, foram surpreendidos e veem a manobra como uma tentativa do Flamengo de "sufocar" os outros clubes para forçar uma mudança nos critérios de audiência. Em nota, a liga afirmou que o tema foi "exaustivamente debatido" e que irá "defender na Justiça a legitimidade das decisões coletivas".

Reflexos nos bastidores do Flamengo

Se a briga externa é nos tribunais, a interna promete esquentar na próxima terça-feira (7), em reunião convocada do Conselho Deliberativo. O objetivo oficial é "esclarecer dúvidas e alinhar os próximos passos", mas o encontro servirá de palco para as fissuras políticas do clube.

Embora muitos na Gávea concordem que a diretoria agiu certo ao defender os interesses do Flamengo na Justiça, a forma como o processo foi conduzido gera desconforto. Integrantes de grupos que apoiaram Landim, e que inclusive fazem parte da gestão atual, demonstram incômodo com a condução do caso.

A principal crítica remete a erros da gestão anterior, que, segundo relatos, não apresentou o contrato da Libra em sua totalidade ao Conselho Deliberativo na época. A projeção de perda inicial era de R$ 80 milhões, número que hoje chega a R$ 100 milhões. Essa falha de comunicação impediu que os conselheiros tivessem a real dimensão do que estava sendo votado.

Ao mesmo tempo, membros desses grupos acusam a cúpula atual, ligada a Bap, de "colocar a culpa de tudo na antiga gestão", criando um clima de caça às bruxas que se estende a outras pautas, como a renegociação para a construção do estádio no terreno do Gasômetro.

Enquanto isso, o ex-presidente Rodolfo Landim, figura central no acordo original com a Libra, mantém um silêncio estratégico. Aliados afirmam que ele fará um pronunciamento online em breve para dar sua versão dos fatos.

O cenário é de incerteza. O Flamengo se vê obrigado a lutar em duas frentes: uma batalha judicial contra a Libra que pode travar até R$ 230 milhões até o fim do ano, e uma articulação política interna para apaziguar os ânimos e unificar o clube em torno de uma solução. A reunião da próxima semana será decisiva para o futuro dessa disputa.

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James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.