Games de futebol virtual podem voltar a ter jogadores brasileiros em breve; entenda

Atualizado: 26/08/2025, 15:57
Imagem do eFootball mostra Pedro comemorando gol do Flamengo sobre o São Paulo

Já pensando no futuro, Libra e LFU negociam em conjunto a exploração dos direitos de imagem de seus clubes em videogames de futebol. Atualmente, as conversas já estão em andamento com Konami, que já tem os direitos, e Electronic Arts — que tenta ter de volta os clubes brasileiros licenciados há anos.

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Neste segundo caso, inclusive, as duas trabalham em conjunto para encontrar uma solução. Em relação à Konami, que produz o eFootball (antigo Pro Evolution Soccer ou PES), o papo tem sido exclusivamente com a LFU. As informações foram publicadas pelo site "SportInsider".

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A negociação em conjunto, obviamente, denota um esforço a mais de união entre os clubes. Enquanto a discussão relacionada aos direitos de transmissão não encontrou um denominador comum, a exploração dos direitos em games interessa a todos.

E esse não é um movimento recente, já que os dois blocos também se alinharam anteriormente em outras questões comerciais. O objetivo, claro, é aumentar a renda gerada aos clubes pela exploração da imagem.

Situação atual de Konami e EA com o Brasil

Atualmente, a Konami produz o eFootball envolvida em parceria com 21 clubes: os 20 da Série A e o Athletico-PR, que caiu em 2024. A questão é que a empresa japonesa já exigiu exclusividade nos direitos anteriormente; dessa vez, LFU e Libra não desejam que isso aconteça.

Evidentemente, o objetivo nesse caso é aumentar a exposição. E é aí que entra a Electronic Arts, ou EA. Produtora do EAFC, antigo Fifa, a desenvolvedora produz o jogo mais vendido do ramo — e os brasileiros não aparecem com nomes reais dos jogadores há anos.

No passado, a EA foi processada por muitos jogadores, que buscaram receber uma parcela direta pelo uso dos direitos. Afinal de contas, sem uma Liga formada, a negociação precisaria ser feita de maneira individual, justamente o que Libra e LFU tentam mudar.

Com isso, a empresa decidiu retirar os jogadores da franquia a partir de 2016. Desde então, os times pararam inclusive de aparecer no jogo, o que deixou os brasileiros órfãos. Tempos depois, a EA entrou em acordo com a Conmebol para incluir a Libertadores e a Sul-Americana no game.

Mesmo assim, sem negociação por direitos de imagem, a EA não tem o direito de retratar os atletas com nomes e rostos reais. Ou seja, o game até tem escudos e nomes reais dos times, mas conta com jogadores inteiramente aleatórios — e que não existem na vida real.


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João Lobo
Autor
Capixaba radicado no Rio de Janeiro, jornalista que acredita no poder do jornalismo como ferramenta de inclusão e transformação social. Apaixonado pela escrita e pela arte de observar o mundo por diferentes lentes.