Flamengo vai comprar o Maracanã? Fabricio Chicca faz análise sobre possibilidade

Atualizado: 23/10/2025, 20:39
Jogadores do Flamengo e do Grêmio se alinham antes da partida entre Flamengo e Grêmio como parte do Brasileirão 2025 no Estádio do Maracanã em 31 de agosto de 2025 no Rio de Janeiro, Brasil.

A notícia de que o Governo do Estado do Rio de Janeiro incluiu o Complexo do Maracanã em sua lista de imóveis para venda acendeu o imaginário da Nação. O que sempre foi tratado como um sonho distante, agora se torna uma possibilidade real.

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No entanto, uma análise aprofundada de Fabrício Chicca, do canal Mundo Na Bola, revela que o caminho para o Flamengo se tornar dono do Templo Sagrado é repleto de variáveis complexas que vão muito além do simples desejo.

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Com a decisão do governo, motivada pela necessidade de pagar dívidas com a União, o Flamengo se vê diante de um dilema estratégico: comprar um estádio pronto ou seguir com o projeto de sua arena própria no Gasômetro.

A análise de Chicca, baseada no novo cenário, destrincha os principais pontos que a diretoria rubro-negra terá que pesar.

Quanto custaria o Maracanã para o Flamengo?

O primeiro e mais óbvio obstáculo é o custo. Quanto o Governo do Estado pedirá pelo Maracanã? O Flamengo, sob sua atual gestão financeira, tem como pilar a responsabilidade fiscal, evitando endividamentos que possam comprometer o desempenho do futebol.

"O Flamengo não quer se endividar de maneira que esse endividamento dificulte o investimento na parte esportiva", aponta Chicca. O projeto do Gasômetro, com prazo de 11 anos, foi desenhado justamente para não sufocar as finanças do clube. Se o valor do Maracanã for muito elevado, a operação pode ser inviabilizada.

Tombamento e limites do Maracanã

Um dos pontos mais críticos levantados pelo analista é o tombamento do Maracanã. Mesmo com a compra, o Flamengo não teria liberdade total para modernizar o estádio.

 "O complexo do Maracanã ainda é tombado. [...] Isso compromete e dificulta modernizações, acréscimos de área, novas utilizações", explica.

Isso impacta diretamente o próximo ponto: a vantagem esportiva.

Aspecto esportivo

Para a torcida do Flamengo, ter um estádio que "pulsa" é fundamental. Fabrício Chicca é enfático ao afirmar que o Maracanã, por sua arquitetura, não cumpre essa função.

"O Maracanã não é um caldeirão. A torcida fica muito longe, a acústica é muito ruim, a inclinação da arquibancada é muito baixa".

O grande atrativo do projeto no Gasômetro é justamente a criação de uma arena "sob medida", projetada para maximizar a pressão da torcida. Realizar as reformas necessárias para transformar o Maracanã em um verdadeiro "alçapão" poderia ter um custo proibitivo, se é que seriam permitidas pelo órgão de patrimônio.

Custos de manutenção e parceria com Fluminense

Chicca também lembra que o Maracanã é uma estrutura antiga que exigirá custos de manutenção elevados e crescentes, como a futura e inevitável troca da cobertura.

Além disso, há a questão da parceria com o Fluminense, que hoje divide a concessão (65% para o Fla, 35% para o Flu). Como ficaria essa divisão na compra? A situação se complica com a provável transformação do rival em SAF, com a possível entrada do BTG. Um novo sócio-investidor poderia ter interesses divergentes, como a priorização de shows, prejudicando o calendário do futebol.

Compensa comprar o Maracanã?

A iniciativa do Governo do RJ força o Flamengo a tomar uma decisão estratégica. Comprar o Maracanã resolve o problema do estádio imediatamente e encerra a "frágil" relação de concessão atual. No entanto, o clube adquiriria um ativo com limitações estruturais, esportivas e custos de manutenção elevados.

Seguir com o Gasômetro significa um projeto a longo prazo, mas que resultaria em uma arena 100% moderna, rentável e, principalmente, desenhada para ser o "caldeirão" que a Nação tanto sonha. A diretoria rubro-negra, agora, tem um complexo quebra-cabeça para resolver. Veja o vídeo completo abaixo:

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James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.