Flamengo se pronuncia contra comentário feito por PVC sobre José Boto; jornalista se explica

Atualizado: 24/10/2025, 12:56

O Flamengo emitiu uma nota manifestando profundo descontentamento com comentários feitos pelo jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC) a respeito do diretor de futebol, José Boto. Em resposta, o colunista usou seu espaço para se defender das acusações, notadamente a de xenofobia.

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A diretoria rubro-negra, que optou por esperar a partida contra o Racing, pela semifinal da Libertadores, para não tirar o foco do time, formalizou sua posição em comunicado.

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Posição do Flamengo

Na nota, o Flamengo classifica a fala de PVC como uma "infelicidade das palavras e formato escolhidos". O clube apontou dois incômodos principais.

O primeiro, e considerado mais grave, foi a associação, "ainda que de forma indireta", do nome de José Boto ao escândalo do "Apito Dourado", ocorrido no futebol português. O Flamengo fez questão de sublinhar que seu diretor é "completamente alheio" a tais episódios.

O segundo ponto foi o que o clube entendeu como desrespeito. O comunicado lamenta a "imitação jocosa do sotaque português" de Boto. Para o Flamengo, mesmo que o jornalista não tivesse a "intenção pejorativa ou ofensiva", a atitude "dá margem para as pessoas interpretarem o gesto como xenofobia e desrespeito".

A nota se encerra reforçando que "José Boto está plenamente alinhado aos valores e princípios" do clube e segue comprometido em defender os interesses da instituição. Veja a nota completa:

Há alguns dias atrás, em seus comentários, o respeitado e conceituado jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC) retratou de forma caricata um português que, segundo ele, "deveria ficar de boca fechada". Por respeito à torcida e ao momento decisivo que vivemos na temporada, optamos por não nos manifestar antes da partida contra o Racing, pela CONMEBOL Libertadores. Nada pode tirar o foco do clube em seus objetivos esportivos.

Ainda assim, consideramos importante registrar nossa decepção com a infelicidade das palavras e formato escolhidos, especialmente com a associação do diretor de futebol do clube, ainda que de forma indireta, a episódios como o Apito Dourado, completamente alheios à sua trajetória profissional e ao futebol brasileiro.

Lamentamos também a imitação jocosa do sotaque português do diretor. Mesmo que não tenha tido intenção pejorativa ou ofensiva, tal atitude dá margem para as pessoas interpretarem o gesto como xenofobia e desrespeito.

José Boto está plenamente alinhado aos valores e princípios do Clube de Regatas do Flamengo e segue comprometido em defender os interesses da instituição, dentro e fora de campo, como porta-voz legítimo da diretoria de futebol.

"Clube de Regatas do Flamengo"

Resposta de PVC ao Flamengo

Em sua coluna, Paulo Vinícius Coelho respondeu às críticas e buscou esclarecer seus pontos, negando as interpretações do clube.

Sobre o "Apito Dourado", PVC foi enfático ao afirmar que José Boto "não tem nada a ver com isso" e que em nenhum momento o vinculou ao escândalo. O jornalista explicou que sua menção se referia ao contexto da época em que Boto trabalhava no Benfica, um período de intenso conflito midiático com o rival FC Porto, quando ambos os lados "debatiam e gritavam pela imprensa", o que, segundo PVC, "causava ainda mais mal-estar no ambiente."

A crítica original do jornalista, que iniciou o desentendimento, era sobre Boto "contribuir para o problema do ambiente" ao comentar supostas queixas de arbitragem. PVC citou o diretor: "Eles já se queixam. Não ouvi, mas já estão a se queixar". O jornalista, então, rebateu: "Se não ouviu, por estás a falar?"

Quanto à acusação de xenofobia pela imitação do sotaque, PVC usou sua própria história pessoal como defesa. O jornalista revelou ter nacionalidade portuguesa e afirmou que o sotaque foi usado com "carinho", da mesma forma que falava com seu avô, nascido em Lisboa.

"Estou a falar com José Boto, como falava com meu avô", escreveu PVC, que finalizou dizendo ter "imenso orgulho" de sua herança e que espera que José Boto "possa também ter a compreensão deste orgulho."

Relembre as falas de PVC direcionadas a José Boto:

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James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.