Flamengo se posiciona por Fair Play Financeiro rigoroso e detalha propostas à CBF

Atualizado: 10/11/2025, 20:34
Bap em entrevista à Flamento TV

O Flamengo formalizou sua posição sobre o novo Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), o modelo brasileiro de Fair Play Financeiro que está sendo discutido pela CBF. Em nota oficial e em entrevista do presidente Luiz Eduardo Baptista (Bap) à "Flamengo TV", o clube detalhou uma série de propostas que visam criar um ambiente de competição mais justo e sustentável no futebol nacional.

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Em sua participação na "Flamengo TV", o presidente Bap elogiou a iniciativa da CBF, classificando-a como "providencial e digna de elogios" para um tema tão crucial. No entanto, o dirigente ponderou que o Brasil não deve simplesmente "copiar o modelo europeu", mas sim inspirar-se nele, adaptando as regras às particularidades nacionais.

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BAP fez questão de ressaltar a autoridade do Flamengo no assunto, relembrando o difícil processo de reestruturação do clube iniciado em 2013.

"Nós sabemos exatamente de onde a gente partiu. A gente devia tudo e a todos", afirmou o presidente. Ele citou que o clube teve "cinco, seis longos anos de dificuldade" e que, nos últimos 13 anos, pagou cerca de R$ 4,5 bilhões em obrigações.

Com essa experiência, o presidente lançou uma provocação aos clubes que buscam atalhos:

"Todo mundo quer ser o Flamengo. A pergunta que não quer calar: vocês querem pagar o preço que nós pagamos para pavimentarmos esse caminho?", disse. Veja a entrevista completa:

Propostas do Flamengo

As propostas enviadas pelo Flamengo à comissão da CBF são duras e miram em brechas que, segundo o clube, geram "vantagem competitiva" indevida. Entre as principais sugestões, destacam-se:

  • Clubes em Recuperação Judicial (RJ)/Extrajudicial (REJ): o Flamengo pede o bloqueio imediato do registro de novos atletas para clubes que utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ e a homologação do acordo) para se reforçar. A proposta também inclui a perda de pontos.

  • Controle total de custos: o clube defende que o controle vá além da "folha salarial" (CLT), englobando o custo total do elenco, o que inclui direitos de imagem, luvas, bônus e comissões de agentes.

  • Bloqueio de "maquiagem contábil": impedir que custos do futebol profissional masculino sejam "maquiados" como investimentos na base ou no futebol feminino.

  • Governança e sanções: o Flamengo sugere a criação de um "Teste de Proprietários e Dirigentes" para avaliar a aptidão e capacidade financeira de novos gestores. Além disso, defende que as sanções (como restrição de janelas de transferência) sejam "cumpridas integralmente", mesmo que a causa da punição seja resolvida, para desestimular a procrastinação.

  • Transações entre partes relacionadas: limitar transações entre um clube e empresas do mesmo dono, para evitar que receitas sejam infladas artificialmente.

Guerra ao gramado artificial

Uma das propostas mais incisivas do Flamengo é a "proibição imediata" dos gramados artificiais em todos os torneios nacionais profissionais. O clube argumenta que a "discrepância nos custos de manutenção" entre gramados naturais e sintéticos "provoca desequilíbrios financeiros" e, além disso, "prejudica a saúde física de jogadores e atletas".

O Flamengo concluiu a nota oficial reforçando que continuará participando ativamente das discussões, elogiando a CBF pela "louvável iniciativa" de buscar a sustentabilidade do futebol brasileiro.

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James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.