Flamengo homenageia Juliana Marins antes de vitória no Brasileirão

Atualizado: 13/07/2025, 13:37

A tarde de sábado (12) no Maracanã foi palco não apenas de um grande jogo pelo Brasileirão, mas também de um momento de respeito e rubro-negrismo. Antes do apito inicial da partida contra o São Paulo, o Flamengo prestou uma tocante homenagem póstuma a Juliana Marins, a publicitária de 26 anos cuja trágica morte no mês passado comoveu o país.

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No telão do estádio, uma foto de Juliana, sorridente e vestindo o Manto Sagrado, foi exibida para os quase 70 mil torcedores presentes. A imagem vinha acompanhada da frase: "Homenagem póstuma a Juliana de Souza Pereira Marins. Ilustre torcedora do Flamengo". O gesto foi compartilhado pelo pai da jovem em seu perfil no Instagram.

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Juliana faleceu no final de junho após cair da trilha do vulcão Monte Rinjani, na Indonésia. O caso ganhou repercussão internacional, unindo pessoas de diversas partes do mundo em uma corrente de solidariedade.

Ela foi vista com vida por um drone horas após a queda, o que alimentou as esperanças de um resgate bem-sucedido. No entanto, após quatro dias de buscas intensas em um terreno extremamente íngreme, seu corpo foi encontrado por alpinistas voluntários.

A homenagem no Maracanã se junta a outras manifestações de carinho. Em Niterói, sua cidade natal, o mirante e a trilha da Praia do Sossego, em Camboinhas, um lugar que Juliana amava, receberam placas com seu nome.

Perícia sobre morte de Juliana

Segundo o "Globo", na última sexta-feira (11), novos detalhes sobre a morte da jovem vieram à tona. Peritos responsáveis por uma segunda autópsia, realizada no Rio de Janeiro a pedido da família, estimaram que Juliana sobreviveu por cerca de 32 horas após a queda. 

A análise, que contou com o auxílio de um especialista em entomologia forense, se baseou no desenvolvimento de larvas encontradas no corpo para calcular o tempo aproximado do óbito.

O laudo confirmou que a causa da morte foi uma hemorragia interna severa, resultado de politraumatismos consistentes com uma queda de grande altura. Foram identificadas múltiplas fraturas nas costelas, fêmur e pelve, além de lesões em órgãos vitais como fígado, rins e pulmões.

O corpo de Juliana Marins foi sepultado no dia 4 de julho em Niterói. A cerimônia, marcada por grande comoção, reuniu familiares, amigos e dezenas de pessoas que acompanharam sua história. A família optou pelo sepultamento em vez da cremação para preservar a possibilidade de futuras análises, caso sejam necessárias para a investigação.


James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.