Aditivo que irá à votação reduz Museu do Flamengo e impõe novos custos ao clube em meio a contrato com a Smart Fit

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Atualizado: 23/11/2025, 10:33
Entrada da sede do Flamengo, na Gávea

O Conselho Deliberativo do Flamengo votará no dia 24 de novembro o Terceiro Termo Aditivo do contrato com a Mude Brasil, gestora do Museu do Flamengo, e o novo contrato com a Smart Fit/Bioritmo para operação de uma academia no segundo piso da sede da Gávea.

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Os documentos obtidos e analisados revelam alterações significativas no projeto original do museu, novas obrigações financeiras assumidas pelo clube e mudanças no modelo de exploração do espaço.

Redução da área do Museu do Flamengo

No contrato original, o Museu do Flamengo foi planejado para ocupar 2.116 m². O novo aditivo retira 1.000 m² do segundo andar antes destinado ao museu.

Há a possibilidade de que a Mude apresente um projeto para utilização futura de até 500 m² adicionais, conforme previsto na cláusula 5.4, mas o texto não assegura que a expansão ocorrerá, nem estabelece prazos para isso.

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A cláusula 5.4.2 determina que, caso o projeto seja aprovado, o Flamengo terá 90 dias para desocupar a área.

Indenização por paralisação

O aditivo estabelece que, enquanto o Museu estiver fechado para execução das obras necessárias no segundo pavimento, o Flamengo deverá pagar à Mude uma indenização mensal de R$ 300 mil.

A previsão de obra é de cinco meses, mas, caso haja atraso, o pagamento continuará até a conclusão. Os valores relacionados ao fechamento temporário do museu não estão estimados no contrato.

Custos operacionais arcados pelo Flamengo

O Flamengo ficará responsável por todos os custos de desmontagem, armazenagem, remontagem das exposições, ajustes de cenografia, cabeamento e reforço estrutural, incluindo o rebaixamento de teto para instalação de vigas. Tais despesas também não foram quantificadas no documento.

Alterações na garantia mínima

O mínimo garantido pago pela Mude ao Flamengo foi reduzido de R$ 480 mil anuais para R$ 434 mil anuais, o equivalente a aproximadamente R$ 36 mil mensais.

Possíveis realocações internas

O clube também poderá ter de realocar setores administrativos, como RH e Jurídico, caso a expansão sugerida de 500 m² seja executada. Uma possibilidade citada nas conversas internas, mas não prevista formalmente no contrato.

Resumo do impacto na sede

Com a mudança, o Museu do Flamengo perde metade da área originalmente prevista, sem garantia contratual de expansão futura e com aumento de responsabilidades financeiras diretas para o clube durante a paralisação e execução das obras.

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Diogo Almeida
Autor
Editor-chefe e idealizador do projeto MundoBola, criado em 2015. Jornalista digital com 10 anos de experiência, residente no Rio de Janeiro. Acredita que o esporte é o assunto mais importante dos menos importantes.