CEO do Grêmio diz que Flamengo 'quer ser Bayern' e cobra união dos outros times

Apontado como CEO do Grêmio na nova gestão, que toca o clube a partir de 2026, Alex Leitão comentou a falta de entendimento atual entre o Flamengo e os outros clubes da Libra. As partes, que não se entendem em termos financeiros, já se enfrentaram algumas vezes na Justiça ao longo do ano — e o clima não é nada bom.
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O diretor-executivo criticou de certa forma a postura do Flamengo, que estaria "tentando transformar o Brasileirão na Bundesliga", citando um campeonato dominado por um clube só. Ao mesmo tempo, porém, salientou que vê Bap simplesmente fazendo seu trabalho em busca dos interesses do clube.

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"Acho que o presidente do Flamengo está fazendo o trabalho dele. Está olhando para o clube. No meu entendimento, o que o presidente do Flamengo quer é que o Brasileirão se transforme em uma Bundesliga, onde o Flamengo seja o Bayern de Munique. De cada dez campeonatos, vai ganhar nove. Isso é o que ele quer, e é legítimo", disse à "GZH".
A crítica de Alex, por outro lado, é direcionada aos demais clubes do bloco — que deveriam estar organizados e preparados para evitar que isso aconteça. O diretor aponta que o trabalho desses times deve ser reduzir as diferenças, ainda que outros fatores não tenham sido levados em consideração na análise.
"Agora, os outros 19 clubes precisam se juntar e impedir que isso aconteça. O que a gente precisa fazer para que o Campeonato Brasileiro não se transforme em uma Bundesliga é que as diferenças têm de ser menores, a distribuição desses direitos tem de ser de uma forma um pouquinho mais consciente para todos os clubes. Isso é um trabalho de força política, sobre o que queremos no futuro do futebol brasileiro", avaliou.

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Dirigente cobra união entre clubes da Libra e cita Flamengo
O CEO do Grêmio ainda deixou claro que não acredita em pensar em um campeonato sem o Flamengo, absurdo ventilado por outros dirigentes em momentos de tensão em 2025. E defendeu que o Rubro-Negro pense nos próprios objetivos, mas voltou a cobrar que os outros times se unam.
"O Flamengo pode se recusar a participar disso isso? Pode. Não entro na bobagem de que o Flamengo vai jogar sozinho contra o sub-20, isso não vai acontecer, vai jogar o campeonato. Mas aí não estou falando do campo, estou falando de como você vende seus direitos comerciais", explicou.
Alex sugeriu, então, que os demais clubes do país se unam na venda de direitos comerciais. Não apenas considerando os integrantes da Libra, mas todos os outros competidores da Série A do Brasileirão.

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"Um clube indo ao mercado vender 19 jogos e você vai ter 19 clubes indo ao mercado vender 361 jogos. Aí eu pergunto, você acha que um bloco de 361 partidas, que inclusive conta com os 19 jogos do outro, não tem uma força talvez até maior para que você diminua um pouco essa distância? Passa por sentar e discutir o que queremos de futebol brasileiro
CEO garante que Grêmio vai buscar união no futebol brasileiro
Por fim, Alex apontou que vê o Brasil adotando um modelo pouco lucrativo na venda dos direitos, com dinheiro sendo desperdiçado por todos. O dirigente garantiu que, representando o Grêmio, fará uma tentativa de unir os interesses em comum entre os clubes.
"Quero e vou, dentro das minhas possibilidades, trabalhar para tenhamos uma liga unificada, que os clubes possam juntos vender seus direitos comerciais. No meu entendimento, tem dinheiro em cima da mesa que a gente está perdendo", analisou.

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Alex criticou a adoção de dois blocos distintos de clubes, atualmente Libra e Liga Forte União (LFU). Citando experiências vividas nos Estados Unidos, o CEO do Grêmio usou NFL e MLS — ligas de futebol americano e futebol, respectivamente — como exemplos de modelos que precisam ser vistos como inspirações no Brasil.
"Ter esses dois blocos comerciais separados... Venho de experiências de liga, trabalhei muitos anos nos EUA, que tem uma liga das maiores do esporte. A NFL talvez seja a maior liga de um esporte no mundo, hoje, em termos de faturamento, e a MLS segue muito a governança e o modelo da NFL. Venho dessa experiência. Esse é o melhor modelo, e acho que a gente precisa trabalhar para que funcione nesse sentido", finalizou o CEO do Grêmio.
O Flamengo entrou de férias após a disputa da Copa Intercontinental e só volta a entrar em campo no dia 14 de janeiro, na estreia do Campeonato Carioca, contra o Bangu. No entanto, o Mais Querido vai usar um time alternativo, enquanto o elenco principal se prepara com calma para o início de uma nova temporada.













