Brasileirão terá regra para coibir cera dos goleiros; confira novidades

O Campeonato Brasileiro de 2025, que se inicia neste sábado, 29 de março, trará uma significativa mudança nas regras visando aumentar a dinâmica das partidas: a implementação de uma nova regulamentação para coibir a "cera" dos goleiros.

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A partir desta edição, caso um goleiro mantenha a posse da bola com as mãos por mais de oito segundos, o time adversário será beneficiado com um escanteio.

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Historicamente, a regra determinava um limite de seis segundos para que os goleiros repusessem a bola em jogo, com a penalização de um tiro livre indireto em caso de descumprimento.

No entanto, essa punição era raramente aplicada pelos árbitros. Com a nova diretriz, busca-se uma aplicação mais efetiva e uma penalização que impacte diretamente no andamento do jogo. 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adotará essa mudança desde a primeira rodada do Brasileirão, antecipando-se à implementação global prevista pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para junho deste ano.

Além disso, a CBF introduzirá o sistema de bolas múltiplas, semelhante ao utilizado na Premier League, posicionando 15 bolas ao redor do campo em suportes específicos para agilizar a reposição durante as partidas.

Nova Comissão de Arbitragem

A CBF anunciou uma nova estrutura para comandar a arbitragem do futebol brasileiro, demitindo o ex-presidente da pasta, Wilson Luiz Seneme. A nova comissão será formada por um colegiado de sete integrantes: Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Carlos Câmara Bezerra, Eveliny Almeida, Emerson Filipino Coelho e Rodrigo Martins Cintra, que assumirá a função de coordenador.  

Uma das principais atribuições da comissão será a criação de um ranking para avaliar o desempenho dos árbitros. A lista será constantemente atualizada, destacando aqueles com as melhores atuações. Os juízes mais bem classificados deverão ser escalados para os jogos mais importantes.

A CBF também contará com um comitê de consultores internacionais para auxiliar na arbitragem. O grupo será composto pelo argentino Néstor Pitana, árbitro da final da Copa do Mundo de 2018, pelo italiano Nicola Rizzoli, que apitou a decisão do Mundial de 2014 no Brasil, e pelo brasileiro Sandro Meira Ricci. Eles terão a responsabilidade de avaliar semanalmente o desempenho dos árbitros no cenário nacional.

Protocolo Global de Combate ao Racismo

O Campeonato Brasileiro adotará o Protocolo Antirracista da Fifa, que estabelece um procedimento de três etapas para combater o racismo no futebol. 

O protocolo inclui um gesto simbólico global: os jogadores devem cruzar os braços na altura dos punhos, com as mãos abertas e os dedos esticados, para alertar os árbitros sobre ofensas racistas. Atletas e oficiais podem usar esse sinal para comunicar imediatamente qualquer incidente ao juiz da partida.