Bap endurece posição e diz que Flamengo não aceita 'desapropriação' na Libra

O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, reafirmou que o clube não aceitará qualquer tentativa de reduzir sua participação na divisão das receitas da Libra. Em entrevista, o mandatário reforçou que o Rubro-Negro não cogita deixar a liga, mas não permitirá mudanças que contrariem o que foi estabelecido no estatuto.
➕ Flamengo concorda com decisão da Justiça no processo contra Libra e vai pedir aperfeiçoamento
Segundo Bap, o Flamengo já concordou em uma distribuição mais equilibrada dos 70% das receitas. Os 30% destinados à audiência, por outro lado, precisam refletir o peso econômico real de cada clube. Ele enfatiza que qualquer mudança exige unanimidade, o que não ocorreu.

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“Não há nenhuma possibilidade de a gente deixar a Libra, nós não somos contra a Libra, nós só não vamos aceitar um processo de desapropriação explícito que estava colocado na mesa. A regra do jogo é de que você precisava ter unanimidade para mudar algumas regras, tá certo? Unanimidade significa dizer todo mundo concordar”, disse Bap ao Poder 360.
O dirigente disse que alguns clubes esperavam que o Flamengo aceitasse passivamente uma mudança que diminuiria sua representatividade. Ele reforça, no entanto, que o estatuto garante ao Rubro-Negro o direito de vetar alterações que afetem diretamente essa fatia do rateio.
“O incômodo é que alguns ali acreditavam que a nossa gestão aceitaria esse processo de desapropriação de forma pacífica e passiva, não foi o que aconteceu, nós estamos fazendo valer os nossos direitos, agora está nas mãos da justiça.”
Bap aponta falta de maturidade na Libra e LFU para criação de liga unificada
Bap afirmou que a criação de uma liga unificada no Brasil é possível apenas em tese, já que o comportamento dos clubes impede qualquer avanço no curto prazo. Ele disse que a divisão entre Libra e Liga Forte União mostra que não existe visão coletiva para organizar um campeonato.
“Hoje os clubes estão divididos em duas ligas. Conceitualmente é possível ter uma liga unificada, mas, pela atitude dos clubes, minha opinião pessoal é que não. Não se pensa no ecossistema, não se discute o todo, cada um discute o seu umbigo.”
O presidente explicou que uma liga funcionaria em duas frentes, a esportiva e a comercial. Na parte comercial, afirmou que o Flamengo não aceitará perder espaço ou ser reduzido para beneficiar clubes com menor peso econômico.
Justiça libera parte dos valores da Libra e mantém bloqueio pedido pelo Flamengo
A disputa entre Flamengo e Libra ganhou um novo capítulo após a Justiça do Rio derrubar a liminar que bloqueava todo o repasse das verbas de transmissão do contrato com a Globo. A decisão liberou R$ 66 milhões aos clubes do bloco, mantendo retidos apenas R$ 17 milhões, valor que o Flamengo questiona por discordâncias no critério de rateio previsto no estatuto.
O montante que segue bloqueado será analisado em um procedimento de arbitragem conduzido pela FGV, conforme previsto no próprio estatuto da Libra. O Flamengo afirma que a manutenção do bloqueio parcial “faz justiça” ao respeitar o cenário apresentado pelo clube na Assembleia da Liga e garante que o critério de unanimidade seja observado.
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