Bandeira cria Projeto de Lei para combater racismo no futebol

Atualizado: 24/03/2025, 18:26
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Ex-presidente do Flamengo, o deputado Eduardo Bandeira de Mello apresentou um projeto na Câmara com o objetivo de aumentar o combate ao racismo no futebol brasileiro.

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Conhecido como "Lista Suja do Racismo no Futebol", o Projeto de Lei 1069/2025 propõe a criação de um cadastro para equipes punidas em casos do tipo, visando aumentar o controle e a transparência.

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O Cadastro Nacional de Equipes de Futebol, que seria criado com esse propósito, impediria os clubes citados na lista de conseguirem uma série de benefícios por dois anos. Entre eles, estão:

  • Receber patrocínios governamentais
  • Firmar contratos com o poder público
  • Receber benefícios ou subvenções fiscais

Para que o nome de um clube conste na lista, porém, seria necessária a "existência de decisão condenatória em processo administrativo, judicial ou da justiça desportiva." Bandeira ressaltou a importância da aprovação.

"Infelizmente, o futebol brasileiro ainda é palco de episódios de racismo, e as punições aplicadas até hoje têm se mostrado ineficazes. O objetivo desse projeto não é apenas penalizar, mas induzir mudanças culturais profundas", destacou.

O texto proposto pelo deputado ainda indica a criação de um canal específico de denúncias para casos do tipo, garantindo a segurança e o anonimato dos denunciantes.

Caso os clubes comprovem a introdução de medidas efetivas para combater a discriminação e o racismo, a proposta prevê também a exclusão da lista antes do fim do prazo de dois anos.

 “Essa não é uma medida apenas punitiva, mas também educativa e transformadora. Queremos que os clubes sejam agentes ativos no combate ao racismo, promovendo um futebol mais inclusivo e respeitoso", afirmou Bandeira.

Já submetida pelo ex-presidente, a proposta ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados antes de ser incorporada à lei brasileira. O deputado ressaltou que o esporte deve servir para unir as pessoas.

"O futebol é paixão nacional e deve ser um ambiente de união, não de exclusão. Com essa medida, damos um passo importante para garantir que o racismo não tenha espaço dentro e fora dos campos", completou.

Vale destacar que, segundo a proposta, os clubes serão excluídos automaticamente da lista após o fim do período de dois anos. O Cadastro Nacional também será responsável por divulgar as medidas tomadas por eles.


João Lobo
Autor
Capixaba radicado no Rio de Janeiro, jornalista que acredita no poder do jornalismo como ferramenta de inclusão e transformação social. Apaixonado pela escrita e pela arte de observar o mundo por diferentes lentes.