Análise tática - Santos 1x0 Palmeiras: Alviverde sente ausências, sofre na Vila e perde liderança pro Flamengo

A briga pelo título do Brasileirão 2025 acaba de ganhar um contorno dramático para o Palmeiras. Na noite deste sábado (15), o Verdão foi derrotado pelo Santos por 1 a 0, na Vila Belmiro, e viu a liderança escapar pelos dedos, caindo para as mãos do Flamengo.
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Duas rodadas após ostentar três pontos de vantagem, o time de Abel Ferreira agora se vê atrás do rival carioca. A explicação para o revés passa diretamente pela noite taticamente confusa e, principalmente, pelo peso dos 11 desfalques que assolaram a equipe.

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Sem Weverton, Lucas Evangelista e Paulinho (lesionados), e ainda sem oito jogadores cruciais (Gustavo Gómez, Piquerez, Emiliano Martínez, Andreas Pereira, Allan, Sosa, Facundo Torres e Vitor Roque), Abel Ferreira teve que montar um quebra-cabeça com as peças que restavam.
O resultado foi um banco de reservas recheado de atletas do sub-20, limitando drasticamente as opções do treinador durante o jogo.
Estratégia do Palmeiras não funciona no 1º tempo
Abel Ferreira mandou a campo uma formação inicial com Khellven, Murilo, Micael e Jefté na linha defensiva. A principal alteração tática foi o posicionamento de Bruno Fuchs como primeiro volante, ao lado de Aníbal Moreno. Mais à frente, Felipe Anderson e Mauricio ocupavam as pontas, com Raphael Veiga próximo de Bruno Rodrigues no comando de ataque.
Na prática, a estratégia sucumbiu à pressão do Santos. O lado esquerdo, com Jefté e Felipe Anderson, sofreu para conter as subidas de Igor Vinícius e Barreal.
Com a bola, o Palmeiras foi uma equipe estéril. A falta de lucidez na transição entre a defesa e o ataque fez o time apelar para a bola longa para Bruno Rodrigues. O camisa 11, sem as características de um pivô clássico, pouco pôde fazer.
O Santos dominou as ações e finalizou oito vezes, contra apenas uma do Verdão, embora Carlos Miguel tenha sido obrigado a fazer apenas uma grande defesa em chute de Barreal. O 0 a 0 no intervalo saiu barato.
Ciente dos problemas, Abel Ferreira agiu no vestiário. Sacou Felipe Anderson e Bruno Rodrigues, promovendo as entradas de Luighi e Flaco López. Mas a mudança crucial foi tática:
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Bruno Fuchs recuou para compor a linha de três zagueiros.
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Micael foi deslocado para a lateral-esquerda.
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Jefté avançou para atuar como um ponta na segunda linha.
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Raphael Veiga recuou para formar a dupla de volantes com Aníbal Moreno.
A mudança surtiu efeito imediato. O Palmeiras viveu seu melhor momento no jogo nos primeiros 20 minutos da etapa final. Com mais presença de área, o time empilhou chances: foram quatro finalizações de Luighi e duas de Flaco López. O problema foi a eficácia. O goleiro Brazão, do Santos, tornou-se o nome do jogo com defesas cruciais.
Santos cresce e castiga Palmeiras no fim
O futebol não perdoa a falta de pontaria. Após a blitz inicial do Palmeiras, o Santos, desesperado para sair do Z-4, se lançou ao ataque.
Foi neste momento que os desfalques cobraram seu preço. A dupla de volantes improvisada, Aníbal e Veiga, dava claros sinais de cansaço. No banco, Abel não tinha Emiliano Martínez, Andreas Pereira ou Allan para renovar o fôlego do setor. As opções eram, majoritariamente, jovens do sub-20.
O técnico ainda tentou com Giay (no lugar de Khellven) e promoveu a estreia do jovem Larson (na vaga de Mauricio), mas não foi suficiente. O Palmeiras perdeu a capacidade de atacar e passou a ceder espaços.
O castigo veio aos 45 minutos. Em mais uma investida do Santos, a bola sobrou para Rollheiser, que bateu firme para dar a vitória ao time da casa.
O resultado é amargo. A derrota não apenas custa a liderança, mas também joga sobre o Palmeiras a pressão de uma campanha praticamente perfeita nas cinco rodadas finais para sonhar com o título.
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