Análise Tática - Juventude 0x2 Flamengo: efetividade quebra tabu e eleva moral
O Flamengo de Filipe Luís quebrou mais um tabu em 2025. A vitória por 2 a 0 sobre o Juventude, em pleno Alfredo Jaconi, não foi apenas mais um passo na liderança do Brasileirão, mas também a demonstração de uma equipe que, mesmo sem uma atuação de encher os olhos, soube controlar o adversário e ser letal nos momentos certos.
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A análise tática do confronto revela um time com virtudes claras no controle do jogo, mas que ainda busca a fórmula para transformar domínio em um placar mais elástico.
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Desde o apito inicial, o Flamengo estabeleceu o controle da posse de bola no campo adversário. Com Saúl e Allan formando a dupla de volantes, a equipe teve qualidade na saída e na circulação dos passes. A movimentação do espanhol, cada vez mais à vontade, foi fundamental para quebrar o marasmo inicial. Foi dele a visão de jogo para encontrar o espaço na defesa adversária e servir Arrascaeta.
O primeiro gol, aos 31 minutos, nasce da movimentação inteligente de Samu Lino, que, partindo da ponta para o centro, atraiu a marcação e abriu o corredor exato para o passe de Saúl. Arrascaeta, o jogador mais decisivo da temporada, infiltrou com precisão para finalizar. Foi, no entanto, a única finalização certa do time no primeiro tempo, evidenciando um dos problemas da equipe.
Flamengo pouco criativo
Apesar do controle, o Flamengo sofreu para criar chances claras. Inquieto na beira do campo, Filipe Luís cobrava mais intensidade e velocidade na troca de passes. A posse de bola, por vezes, era lenta e previsível, facilitando a marcação do Juventude.
Nesse cenário, Pedro ficou isolado entre os zagueiros, com poucas bolas chegando em condições de finalizar. Outro ponto tático que não funcionou foi o posicionamento de Luiz Araújo. Para potencializar as subidas do lateral Emerson Royal, Araújo foi deslocado para uma função mais centralizada, onde não rendeu.
Solidez defensiva e importância de Danilo
Se o ataque penava para "matar o jogo", a defesa deu mais uma demonstração de segurança. O Juventude praticamente não ameaçou o gol de Rossi. A grande notícia para Filipe Luís foi o retorno de Danilo.
Ausente por quase dois meses, o zagueiro substituiu o suspenso Léo Ortiz e mostrou que o elenco tem alternativas de alto nível. Com passes verticais e segurança nos desarmes, Danilo foi crucial para uma saída de bola qualificada desde o primeiro terço do campo, garantindo que o time ficasse com a bola e sofresse poucos sustos.
Soluções vindas do banco
No segundo tempo, o panorama se manteve até as substituições de Filipe Luís. As entradas de Plata e, principalmente, de Carrascal, deram novo fôlego ao time. O colombiano, mesmo com poucos minutos, mostrou seu valor ao encontrar um passe preciso para Emerson Royal, que se projetou pelo lado direito e fechou o placar.
A jogada premiou a insistência do lateral e mostrou que os jogadores do banco de reservas estão prontos para contribuir, enviando um recado positivo ao treinador às vésperas do jogo mais importante do ano.
A vitória em Caxias do Sul eleva a moral do Flamengo, que chega aos 50 pontos e se consolida na ponta da tabela. Mais do que os três pontos, o jogo serviu como um laboratório importante antes de encarar o Estudiantes pela Libertadores, na quinta-feira (18). Como o próprio Filipe Luís afirmou, "é o jogo mais importante do ano".
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