Alfredo Almeida justifica dispensas na base do Flamengo e quer revelar 'novos Vini Jr.'

Um mês após assumir o cargo de gerente da base do Flamengo, Alfredo Almeida concedeu entrevista à Flamengo TV e reforçou a visão apresentada na coletiva de sua apresentação, no dia 14 de julho. Ele destacou dois pontos em especial: o ajuste no tamanho dos elencos da base e o desejo de formar mais jogadores com características como Vinícius Júnior.
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Alfredo explicou que, após análise da nova diretoria, os elencos das categorias de base estavam muito grandes, o que motivou dispensas ao longo do ano. Entre sub-11 e sub-20, cerca de 40 jogadores foram liberados, o que ocorreu também entre funcionários. O próprio cargo de gerente da base foi para o dirigente português após a demissão de Carlos Noval.

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“Se eu tiver um elenco com 35, se eu tiver um elenco com mais de 30 atletas, eles não vão ter os mesmos estímulos, a quantidade de estímulos vai ser diferente. Então posso estar a não ser justo. A justiça nestas etapas de formação é nós potenciarmos e nós darmos as mesmas ferramentas, os mesmos estímulos a todos e depois, claro, temos de fazer o nosso filtro”, disse Alfredo.
Entre dispensas e atletas negociados, foram 13 saídas no sub-20 desde o início da temporada.
Negociados:
- Caio Barone (Flamengo → Celta de Vigo)
- Rayan Lucas (Flamengo → Sporting)
- Felipe Lima (Flamengo → Alverca-POR)
- Giovanni Pastri (Flamengo → Atlético-GO)
Dispensados:
- Wesley Juan (zagueiro)
- Julio Neto (zagueiro)
- Marcos (zagueiro)
- Ainõa (lateral esquerdo)
- Lucas Oliveira (atacante)
- Lipão (atacante)
Outros casos:
- Daniel Rogério (volante): deixou o clube após o fim do contrato
- Adriano Joya (meia): retornou ao Alianza Lima-PER após período emprestado
- Fred Mundoco (meia): retornou ao Athletic-MG após período emprestado
Resgatando a 'magia' do jogador brasileiro
Alfredo Almeida também falou sobre a importância de recuperar o estilo criativo e irreverente do futebol brasileiro nas categorias de base, destacando a formação de atletas que pensem e atuem com liberdade e ousadia dentro de campo.
“O modelo que o Flamengo quer é aquele modelo do Brasil que nos fazia e faz ficar agarrado à TV de irreverência, de descobrir soluções dentro do campo como ninguém descobre no mundo, do ir para cima, da ginga, da alegria, o sorriso na cara. Isto, para mim, é o jogador brasileiro. É esse o jogador que eu quero, é isso que eu gosto de ver e é isso que o Brasil tem. É o único, é o único nisso”, disse Alfredo.
O gerente da base completou, reforçando a meta de formar mais atletas com o perfil de Vinícius Júnior:
“Vamos exponenciar isso, vamos atirar isso cá para fora para haver mais Vinícius Júnior da vida, que pegam na bola, que fazem coisas diferentes, que a bola faz parte do corpo. Esse é o jogador que eu quero e que o Flamengo quer ver com mais regularidade em todas as suas equipas e, obviamente, terminando no futebol profissional.”














