Ala do Flamengo, Jhonatan Luz recorda início e explica planos de aposentadoria

Atualizado: 08/09/2025, 20:00
Jhonatan Luz comemora vitória do FlaBasquete

Com a temporada completa pela equipe de basquete do Flamengo, o ala Jhonatan Luz se prepara para a disputa do Mundial de Singapura, que acontece em setembro. Mas também tem tempo para relembrar as origens, como fez em entrevista recente à "Flamengo TV".

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Entre os assuntos, Jhonatan relembrou o início da trajetória no esporte, falou sobre a felicidade de ser pai e até explicou como pensa em se aposentar. De início, porém, o jogador focou em como deu os primeiros passos no basquete — e admitiu que o contato inicial não dava nenhuma pinta do que viria depois.

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"Já ia fazer 10 anos, meu primo me tirou da escola. Falei que ia ao dentista, mas fui fazer meu primeiro teste de basquete. Cheguei lá, não foi do jeito que eu queria. O pessoal jogando, e o treinador me colocou na parede para bater bola. Falei: 'Isso não é para mim. Acho que não é o basquete que eu vou jogar", disse.

Porém, apesar de uma primeira experiência ruim, Jhonatan resolveu voltar e tomou gosto pela coisa. Ao chegar no Paulistano, em 2016, o atleta sentiu que uma chave virou — e o desejo de se tornar profissional ficou ainda mais forte.

"No dia seguinte, meu primo me levou novamente. Dali, eu comecei. Quando fui para o Paulistano, foi uma mudança grande. A primeira coisa que eu falei foi: 'Quero virar profissional, quero treinar com o profissional'. O José Neto [treinador] disse: 'Calma, vai treinar com os meninos'", relembrou.

E Jhonatan destacou que o início foi muito complicado, principalmente pela pobreza. Isso dificultou até a ida do então jovem aos treinos, algo que o jogador precisou driblar para seguir no sonho de se tornar profissional.

"Naquela época tinha o Huertas, que jogava lá, e eu queria fazer parte desse contexto. Às vezes, minha mãe deixava de trabalhar para me levar ao treino. Eram duas horas de trajeto, mas, infelizmente, ou ela levava, ou trabalhava. E eu não ganhava nada. Nesse período, ela falou: 'Agora é você, com suas pernas'", disse.

Sensação da paternidade

O jogador do Flamengo também ressaltou a experiência de ser pai, algo tratado por ele como indescritível. Claramente emocionado ao falar do filho, Jhonatan ressaltou que quer dar à cria tudo que não teve quando era mais jovem. 

"Ser pai é incrível. É difícil falar, porque meu filho é tudo para mim. Ele que dá forças, sinto uma vontade imensa só dele falar comigo. Não tenho como mensurar o que ele significa para mim. Infelizmente, não tive pai. Falei que, quando tivesse filho, daria toda atenção para ele. Tudo que não tive", ressaltou.

'O basquete me deu tudo'

E o ala se mostrou muito grato ao basquete por tudo que conquistou na vida. Além dos títulos, que incluem seis edições do NBB, quatro Copas Super 8, três Champions das Américas e um Mundial, Jhonatan ressaltou todas as experiências que o esporte lhe proporcionou ao longo do tempo.

Com passagens por Araraquara, Limeira, Franca, Palmeiras, Paulistano e Flamengo, o profissional festejou a chance de poder jogar basquete em alto nível. E ainda viajar o mundo, como o Rubro-Negro fará esse mês.

"O basquete me deu tudo. As conquistas que tenho com o basquete, fora os títulos, é conhecer outros países, falar outras línguas, conhecer pessoas que nunca imaginei. Estar no Rio de Janeiro, que é o sonho de muitos, jogar no Flamengo, em grandes clubes, disputar grandes títulos, viajar pelo mundo inteiro", exaltou.

Jhonatan projeta Mundial do Flamengo e aposentadoria

Por fim, aos 38 anos, Jhonatan já pensa na aposentadoria. No entanto, o jogador do Flamengo garantiu que vai seguir em quadra até o momento em que o corpo não aguentar mais. Para isso, será necessário um fortalecimento também da parte mental.

"Eu quero mais. Se Deus quiser, o próximo compromisso que a gente tem, que é o título mundial... Eu vou querer esse. Vou me cuidar mais, quero jogar até onde meu corpo não aguentar. Espero ter a cabeça boa para, até lá, conseguir fazer isso. Mas vou tentar chegar ao máximo que puder", explicou.

Jhonatan ainda abordou a idolatria por Michael Jordan, considerado por muitos como o maior jogador de basquete de todos os tempos, antes de virar profissional. Segundo o atleta rubro-negro, o sonho era conseguir imitar os movimentos do ícone da NBA, que brilhou pelo Chicago Bulls.

"Acho que o melhor jogador é o Jordan. Eu queria ver se ele é tudo isso mesmo [risos]. Eu o assistia pela TV, queria ser igual ele: saltar como ele saltava, arremessar como ele arremessava. É um cara que eu me inspirava muito, até hoje. Agora, quero passar ele — e o Olivinha também", completou Jhonatan.

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João Lobo
Autor
Capixaba radicado no Rio de Janeiro, jornalista que acredita no poder do jornalismo como ferramenta de inclusão e transformação social. Apaixonado pela escrita e pela arte de observar o mundo por diferentes lentes.