130 anos do Flamengo: relembre os momentos mais marcantes do Rubro-Negro em cada década

Atualizado: 16/11/2025, 13:38
Montagem com quatro momentos marcantes do Flamengo e com o escudo do clube centralizado: remadores rubro-negros no início do clube, Zico após o título mundial contra o Liverpool, Marcelinho levantando o título mundial de 2014 e Gabigol em 2019

Neste sábado (15), o Flamengo completou 130 anos de existência. Desde 1895, o Rubro-Negro protagoniza grandes momentos Brasil afora - seja na terra, seja no mar. Diante disso, o MundoBola Flamengo relembra os principais acontecimentos de cada década do Mais Querido.

Flamengo transforma muro da Gávea em mural gigante no aniversário de 130 anos

Nesta matéria, recordaremos os principais momentos da história do clube: no futebol, remo, basquete e outros esportes. Além disso, também revisitaremos diversos capítulos fora do âmbito esportivo que também moldaram a trajetória do Mengão.

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Década de 1890: naufrágio, fundação do Flamengo e troca das cores

No mês anterior à fundação do Flamengo, parte dos fundadores do clube tomou um verdadeiro susto ao naufragar na Baía de Guanabara. A bordo da baleeira Pherusa, os sete jovens remadores enfrentaram uma forte tempestade que deixou o mar agitado.

A ventania quebrou o mastro e fez com que a embarcação naufragasse no meio do mar. Contudo, um dos jovens conseguiu nadar até a costa, pediu socorro pelos demais e todos foram salvos. O episódio pode ser considerado a primeira demonstração de raça do futuro clube.

No dia 17 de novembro de 1895, no casarão de número 22 da Praia do Flamengo, o grupo de jovens remadores fundou oficialmente o Grupo de Regatas do Flamengo. No entanto, ficou definido que o aniversário do clube seria antecipado para o dia 15 de novembro - devido ao feriado da Proclamação da República.

Na reunião, o azul - que representava o céu e o mar - e o amarelo/ouro - que simbolizava as riquezas do Brasil - foram definidos como as cores oficiais da equipe. Contudo, a escolha durou um pouco mais de um ano: em 23 de novembro de 1896, ocorreu a troca definitiva para o rubro-negro.

Foto: Reprodução / Jornal o Paiz (24/11/1896)

Década de 1900: primeiro troféu e troca no nome

No dia 6 de maio de 1900, o Flamengo conquistou o primeiro troféu de sua história: a Jarra Tropon. Pelo remo, o Mengão disputou a regata do IV Centenário do Descobrimento do Brasil e venceu a prova de honra para canoas a quatro remos. Atualmente, o troféu está exposto no Museu Flamengo, localizado na Gávea, sede social do Mais Querido.

Poucos sabem, mas o Rubro-Negro foi fundado com o nome "Grupo de Regatas do Flamengo". Em 28 de outubro de 1902, data que, no século seguinte, viria a se tornar o Dia do Flamenguista, o Mengão trocou oficialmente seu nome para Club de Regatas do Flamengo.

Vale lembrar que o termo inglês "club" era comumente utilizado no Brasil à época. Com o passar dos anos, porém, houve a padronização linguística para "clube", em português.

Década de 1910: futebol, Mantos e início das glórias do FlaBasquete

Sob a liderança de Alberto Borgerth, o Flamengo criou, no dia 24 de dezembro de 1911, o seu Departamento de Esportes Terrestres e, assim, o futebol rubro-negro ganhava vida. A primeira partida da história do Mengão foi um show: 15 a 2 sobre o Mangueira, em duelo válido pelo Campeonato Carioca.

Na ocasião, o Mais Querido utilizava a famosa "papagaio-vintém" - uniforme quadriculado rubro-negro. Em 1913, o uniforme foi substituído pela "cobra-coral" - camisa com listras horizontais vermelhas, pretas e brancas.

Apesar de ter sido o Manto do primeiro título do Campeonato Carioca (1914), o modelo foi trocado pelo tradicional rubro-negro em 1916. A retirada das listras brancas ocorreu devido à semelhança do uniforme com a bandeira da Alemanha, então inimiga do Brasil durante a Primeira Guerra.

Manto Sagrado: a história por trás do uniforme do Flamengo

Em 1919, foi realizada a primeira partida da história do FlaBasquete. Em confronto válido pela estreia do Carioca, na Rua Campos Salles, o Mengão venceu o América e deu início à história de uma das modalidades mais vitoriosas do clube.

Década de 1920: Mais Querido e primeiro hino do Flamengo

Em 15 de novembro de 1920, o primeiro hino da história do Flamengo foi ecoado por atletas e associados, na antiga sede da Rua Paysandu, durante a comemoração dos 25 anos do clube. A canção foi composta por Paulo de Magalhães em 1918, mas só foi cantada pela primeira vez dois anos depois.

Notícia da época sobre a primeira execução do "Hymno" Rubro-Negro
Foto: Reprodução / Jornal O Paiz

Em 1927, o Jornal do Brasil e Água Salutaris promoveram um concurso de popularidade para eleger o clube mais popular do Rio de Janeiro, com o vencedor levando a Taça Salutaris para casa. Apesar da mobilização de diversos clubes, a votação foi dominada pelo Mengão e pelo Vasco.

Com 254.850 votos, o Rubro-Negro levou a melhor sobre o cruzmaltino, que contou com 183.742 votantes, e desde então passou a ser chamado de "O Mais Querido" pelos torcedores. 

Taça Salutaris exposta no Museu Flamengo
Foto: Caio Rezende/MundoBola Flamengo

Década de 1930: profissionalização do futebol, Gávea e travessia Rio-Santos

No dia 20 de maio de 1933, um dos maiores passos do Flamengo no futebol foi oficializado: sua profissionalização. A ideia, promovida pelo presidente José Bastos Padilha, sofreu uma certa resistência no ano anterior, contudo, o dirigente convenceu os conselheiros sobre o novo modelo de gestão.

Com 117 votos a favor e 49 contra, o Rubro-Negro se profissionalizou e deu um grande passo rumo ao desenvolvimento do futebol carioca e brasileiro. Outro momento marcante do Mengão na década foi a inauguração do estádio da Gávea, em 1938.

Em terreno cedido por aforamento perpétuo pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o Flamengo iniciou a construção de seu estádio em 1933. Localizado às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, o estádio José Bastos Padilha transformou a região com o passar dos anos, já que a mesma era considerada como subúrbio à época.

Foto: Reprodução/Internet

No remo, os atletas Engole Garfo, Boca Larga e Angelu fizeram, história ao completar a travessia Rio-Santos em 1932. Na ocasião, o trajeto foi proibido pelas autoridades, contudo, os remadores despistaram a polícia marítima carioca no dia 14 de janeiro e chegaram a Santos no dia 20.

Oito dias após a chegada - que foi celebrada pela população local -, os rubro-negros desfilaram em carro aberto do Porto do Rio de Janeiro até a antiga sede da Rua Paysandu.

Angelu, Engole Garfo e Boca Larga na chegada ao Flamengo após a travessia Rio-Santos
Foto: Reprodução/Internet

Década de 1940: Fortalezas Voadoras, gol de Valido e Lamartine Babo

Nos anos 40, o Flamengo marcou a história da natação com a equipe que ficou conhecida como "As Fortalezas Voadoras". Comandadas pelo técnico Luiz Alves de Lima, as nadadoras Piedade Coutinho, Scylla Venâncio, Geysa Formenti de Carvalho e Lygia Cordovil brilharam em diversas competições estaduais.

O hino composto por Paulo de Magalhães não é a única versão que o Rubro-Negro possui. Lamartine Babo, famoso pelas marchinhas carnavalescas e pelas músicas dos times cariocas, compôs a marchinha "Sempre Flamengo", que se popularizou durante o tricampeonato estadual de 1942, 1943 e 1944.

Com isso, o Mais Querido passou a contar com duas versões de seu hino: o oficial, de 1920, e a marchinha de Lamartine, que acabou se tornando a mais conhecida entre os torcedores.

Em 1944, Valido, que havia se aposentado do futebol dois anos antes, retornou ao Flamengo para disputar a reta final do Campeonato Carioca. O contexto da sua volta, no entanto, o eternizou na história rubro-negra.

Na ocasião, a equipe comandada por Flávio Costa sofria com diversos desfalques no ataque por lesão e ainda perdeu Perácio para a Força Expedicionária Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial. Foi então que o ex-atacante entrou em cena.

Durante uma pelada na Gávea, Valido chamou a atenção do treinador devido à sua disposição. Flávio então "convocou" o argentino para a reta final do Carioca. Na final contra o Vasco, com a Gávea lotada, o jogador marcou de cabeça aos 41 minutos do segundo tempo, decretou a vitória do Flamengo e o primeiro tricampeonato estadual do clube.

O que torna o episódio ainda mais emblemático foi a situação fisíca do atacante, que apresentava forte estado febril e dores musculares devido ao esforço em campo. O feito de Agustín Valido foi mais um dos diversos episódios que simbolizam a raça de quem veste o Manto Sagrado.

Agustín Valido, entrou para a história como ídolo do Flamengo
Foto: Reprodução/Internet

Menção honrosa: criação da Charanga Rubro-Negra por Jaime de Carvalho (1942).

Década de 1950: São Judas Tadeu e Tri-Carioca

Padroeiro do Flamengo, São Judas Tadeu teve sua história ligada ao Mengão em 1953. Na ocasião, Padre Góes, então vigário da igreja que leva o nome do santo, localizada no bairro de Cosme Velho, no Rio de Janeiro, celebrou uma missa na sede da Gávea antes do Campeonato Carioca.

No evento, o padre afirmou que o Rubro-Negro seria campeão caso todos acendessem velas e rezassem para São Judas. No mesmo ano, o Mais Querido conquistou o Carioca e encerrou um jejum de nove anos sem erguer qualquer troféu.

O Flamengo também levantou a taça do Campeonato Carioca em 1954 e 1955. Dois anos depois, a imagem do santo foi entronizada na sede social do clube por Padre Góes, e, desde então, São Judas se eternizou como um dos principais símbolos do time e da Nação.

Além da inspiração atribuída ao santo, o Rubro-Negro contou com a qualidade do técnico Fleitas Solich, Dida, Evaristo e outros ídolos para a conquista do segundo tricampeonato estadual.

Década de 1960: Buck, Urubu e Zico no Flamengo

A hegemonia do Flamengo no remo carioca teve como um de seus principais responsáveis Guilherme Augusto do Eirado Silva, mais conhecido como "Buck". Ex-remador do clube, o "Monstro da Lagoa" iniciou sua trajetória como técnico no Rubro-Negro em 1961.

Dois anos depois, Buck encerrou um jejum de 21 anos sem títulos na modalidade - o primeiro de seus 31 Campeonatos Cariocas, em 35 disputados. Além disso, o treinador levou o Mengão a nove títulos do Troféu Brasil.

Além do Flamengo, o técnico conquistou cinco medalhas de ouro em Pan-Americanos pelo Brasil. A lenda rubro-negra do remo faleceu no dia 30 de outubro de 1996, vítima de um infarto.

Buck, ex técnico do remo do Flamengo
Foto: Reprodução/Internet

Em 1967, ocorreu um dos grandes momentos da história do clube: a chegada de Zico. Nos juniores do Mengão, o Galinho de Quintino demonstrava um talento ímpar com a bola no pé, apesar do corpo ainda franzino. Aos poucos, o ídolo foi ganhando espaço e estreou no elenco profissional em 1971.

O jogo do urubu (01/06/1969)

O dia em que o urubu foi introduzido à cultura rubro-negra merece uma parte exclusiva. Antes dele, o Popeye havia sido o mascote do Flamengo desde a década de 40 - devido às charges do argentino Lorenzo Molas.

No entanto, o personagem não tinha uma identificação forte com o clube, o que fez o Mais Querido deixá-lo de lado. Com isso, o Mengão ficou um longo período sem nenhum mascote oficial - até que tudo mudou em 1969.

Antes de um Flamengo x Botafogo, no Maracanã, um grupo de torcedores decidiu raptar um urubu em um lixão, levá-lo ao estádio e soltá-lo antes do início do duelo. Mais de 150 mil torcedores presenciaram o voo da ave e sua aterrisagem no gramado.

Com isso, a Nação Rubro-Negra - que estava em maioria - foi à loucura e gritou "Uh, é urubu!". Pode-se considerar que o mascote deu sorte ao time, já que o Mais Querido venceu o clássico por 2 a 1 e pôs fim a um jejum de vitórias contra o alvinegro.

Foto: Reprodução/Internet

Entretanto, o urubu não foi escolhido à toa. O animal era - e ainda é - utilizado de forma preconceituosa pelos rivais para falar sobre a torcida rubro-negra - composta em sua maioria por pessoas negras e de classes sociais mais baixas.

Ou seja, o voo do animal e sua escolha como mascote oficial do Flamengo representam uma luta diária contra o racismo na sociedade brasileira - evidenciando que o futebol se relaciona com aspectos políticos e sociais.

Menções honrosas: decacampeonato carioca de Basquete e conquista do Torneio Rio-São Paulo em 1961.

Década de 1970: gol de Rondinelli, morte de Geraldo e título brasileiro no vôlei

Meia que se destacava em campo pela elegância e técnica refinada, Geraldo "Assoviador" morreu aos 22 anos, vítima de um choque anafilático durante uma cirurgia de amígdalas, em 1976. A perda precoce do jogador impactou toda a torcida rubro-negra e o futebol brasileiro.

Em sua homenagem, o Flamengo realizou um amistoso para mais de 140 mil pessoas no Maracanã, contra a Seleção Brasileira campeã mundial de 1970. De calções pretos, em sinal de luto, o Mengão venceu a partida por 2 a 0.

Foto: Reprodução/Internet

Dois anos depois, o Mais Querido conquistou um dos títulos mais marcantes de sua história: o Campeonato Carioca de 1978. Pressionada por conta de três anos sem conquistas expressivas, a talentosa equipe rubro-negra corria o risco de sofrer um desmanche caso perdesse mais um Estadual.

Após vencer a Taça Guanabara (primeiro turno do torneio), o Mengão precisava conquistar também a Taça Rio de Janeiro para se sagrar campeão direto da competição. No dia 3 de dezembro de 1978, no último jogo do segundo turno, o empate que persistiu até os 41 minutos do segundo tempo garantia o título do Vasco e forçava o duelo entre as equipes pela final.

Contudo, no mesmo minuto, Rondinelli marcou de cabeça o gol que muitos torcedores consideram o mais importante da história do Flamengo. Além de garantir o título, o cabeceio do Deus da Raça tirou um verdadeiro peso das costas de uma geração que ainda ergueria outros títulos de expressão.

No mesmo ano, o Mais Querido levantou dois trofeus no vôlei feminino: o Campeonato Carioca, sobre o Fluminense, e o Campeonato Brasileiro, sobre o Minas Tênis. Nas campanhas, Isabel e Jaqueline Silva foram os principais destaques do time rubro-negro.

Década de 1980: era de ouro no futebol, saída e retorno de Zico e Sul-Americano de vôlei

O futebol do Flamengo encontrou seu apogeu nos anos 80. Do Rio ao mundo, Zico e companhia fizeram história com um estilo de jogo que sintetiza o DNA rubro-negro, com raça e muita técnica com a bola no pé.

Com quatro Campeonatos Brasileiros, dois Cariocas, uma Libertadores e um Mundial, o Mengão foi a grande equipe da década e uma das melhores da história do futebol.

Zico ergue a taça de campeão Mundial de Clubes contra o Liverpool que a FIFA reconhece
Foto: Divulgação / FIFA

Após o título do Brasileirão de 1983 - o terceiro da década -, o Flamengo passou por um dos momentos mais turbulentos de sua história: a saída de Zico para a Udinese. Na ocasião, a venda do maior ídolo do clube causou revolta na torcida.

Diante das críticas que aconteciam dentro e fora da Gávea, o presidente Antônio Augusto Dunshee de Abranches renunciou ao cargo dois meses após a venda.

No entanto, Flamengo e Zico são inseparáveis. Em 1985, o meia retornou ao Mengão após dois anos, um mês e dez dias para continuar sua trajetória com o Manto Sagrado.

Em 1981, o Rubro-Negro não brilhou somente no futebol. No vôlei feminino, o Mais Querido venceu o Fluminense pelo Campeonato Sul-Americano por 3 sets a 0, em Sucre, na Bolívia. Mais uma vez, Isabel e Jackie Silva conduziram a equipe para mais um título histórico.

Década de 1990: despedida de Zico, primeira Copa do Brasil e chegada de craques

Zico se despediu oficialmente da torcida do Flamengo no dia 6 de fevereiro de 1990. Na ocasião, um amistoso comemorativo entre atletas rubro-negros e um combinado de jogadores brasileiros e estrangeiros marcou a despedida do Galinho.

Após o amistoso, o ídolo atuou no Kashima Antlers e se tornou referência máxima no futebol japonês, sendo reverenciado até os dias de hoje.

No mesmo ano, o Flamengo conquistou sua primeira Copa do Brasil, em 7 de novembro. Após vencer o jogo de ida por 1 a 0, com gol do zagueiro Fernando, um empate em 0 a 0 no Serra Dourada garantiu o troféu para a Gávea.

Camisas do Flamengo Copa do
Foto: Reprodução/Internet

Na década, o Mais Querido trouxe diversos astros para o clube. No futebol, Romário ficou marcado como uma das maiores contratações da história do futebol brasileiro, já que, em 1995, era o melhor jogador do mundo.

Nos esportes olímpicos, o Flamengo contratou Oscar Schmidt (basquete), Virna, Leila e Tande (vôlei) - fortalecendo ainda mais sua força nas modalidades.

Menção honrosa: conquista do Campeonato Brasileiro de 1992.

Década de 2000: tricampeonato carioca de 2001, primeiro NBB e hexacampeonato brasileiro

Apesar de uma década complicada no futebol, o Flamengo conquistou títulos importantes para sua história. Em 2001, o Mengão conquistou o tricampeonato carioca, com as três decisões vencidas sobre o Vasco. O último veio de forma épica, com um golaço de falta de Petkovic.

Aos 43 minutos do segundo tempo, o Mengão precisava de um gol para sagrar-se campeão. Foi então que o sérvio, que era especialista em bolas paradas, marcou em uma cobrança de falta perfeita e levou a Nação Rubro-Negra à loucura no Maracanã.

Oito anos depois, Petkovic se destacou em mais um título do Flamengo, desta vez em nível nacional. Contrariando as previsões, o Mais Querido fez uma arrancada histórica na reta final do Campeonato Brasileiro e se sagrou campeão na última rodada ao derrotar o Grêmio por 2 a 1, no Maracanã.

Além do sérvio, Adriano Imperador, Ronaldo Angelim e o técnico Andrade foram os grandes destaques do hexacampeonato do Brasileirão.

Foto: Reprodução/Internet

Nos esportes olímpicos, o Mengão venceu a Superliga Feminina de Vôlei 2000/2001, sobre o Vasco, e conquistou a primeira edição da história do Novo Basquete Brasil (NBB), em 2009, com Marcelinho Machado sendo MVP e cestinha do torneio.

Menção honrosa: título da Copa do Brasil de 2006 sobre o Vasco.

Década de 2010: reestruturação, campeão mundial no basquete e 2019

Na década de 2010, o Flamengo passou por uma intensa reestruturação a partir de 2013. As medidas de austeridade financeira fizeram com que o Mengão se fortalecesse dentro e fora de campo, resultando na conquista de diversos títulos.

A qualidade do trabalho implementado na gestão financeira se refletiu em 2019, quando o clube viveu um dos melhores anos de sua história no âmbito esportivo. Sob o comando de Jorge Jesus, o Mais Querido dominou o futebol sul-americano ao conquistar o Brasileirão e a Libertadores de forma histórica.

Gabigol comemora gol do título da Libertadores 2019 com Bruno Henrique
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Contudo, no mesmo ano, o Flamengo passou pelo momento mais triste de sua história. No dia 8 de fevereiro de 2019, dez jogadores da base do clube morreram em um incêndio ocorrido em um dos alojamentos do Ninho do Urubu.

Até hoje, ao minuto 10 de cada partida, a Nação ecoa nos estádios um canto em homenagem aos Garotos do Ninho chamado "Dez estrelas a brilhar": "Essa Nação jamais vai esquecer/ O Flamengo vai jogar/ Pra sempre por vocês!/ Ô, olê, olê, olê, olê, olê/ São dez estrelas a brilhar/ No céu do meu Mengão...".

Os 10 Garotos do Ninho

  • Athila Paixão
  • Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas
  • Bernardo Pisetta
  • Christian Esmério
  • Gedson Santos
  • Jorge Eduardo Santos
  • Pablo Henrique da Silva Matos
  • Rykelmo de Souza Vianna
  • Samuel Thomas Rosa
  • Vitor Isaías
10 jovens que morreram em incêndio no Ninho do Urubu, em 2019; Tragédia completa cinco anos sem todos os acordos por indenização com famílias
Foto: Reprodução/Internet

No basquete, o Orgulho da Nação fez história ao conquistar o primeiro título mundial de sua história, em 2014. No dia 28 de setembro, o Flamengo superou o Maccabi Tel Aviv, de Israel, por 90 a 77. Oito anos depois, o bicampeonato rubro-negro veio contra o Burgos, da Espanha, por 75 a 62.

Menções honrosas: chegada de César Cielo, Rebeca Andrade e Isaquias Queiroz ao clube, contratação de Ronaldinho Gaúcho, conquista da Copa do Brasil de 2013 e primeiro título brasileiro do futebol feminino (2016).

Década de 2020: consolidação da nova era de ouro no futebol, perda de Adílio e Mundial Sub-20

Após o histórico ano de 2019, o futebol do Flamengo continuou se fortalecendo com a contratação de novos jogadores, que ajudaram a ampliar a galeria de títulos da Gávea. Desde 2020, o Rubro-Negro já conquistou:

  • 4x Campeonatos Cariocas
  • 3x Supercopas do Brasil
  • 2x Copas do Brasil
  • 1x Brasileirão
  • 1x Libertadores
  • 1x Recopa
Jogadores do Flamengo durante a festa com a taça da Supercopa do Brasil
Foto: Divulgação/ Flamengo

As conquistas também têm se refletido nas categorias de base, com destaque para os dois títulos mundiais conquistados no Maracanã, em 2024 e 2025, contra Olympiacos e Barcelona.

No dia 5 de agosto de 2024, o Flamengo perdeu um dos maiores ídolos de sua história. Adílio, que lutava contra um câncer no pâncreas, faleceu aos 68 anos. Em velório realizado na Gávea, diversos ex-jogadores, torcedores e figuras do futebol brasileiro se despediram do eterno camisa 8 rubro-negro.

Com 130 anos de muita história, o Mais Querido pode terminar o ano com mais duas conquistas expressivas para sua sala de troféus.

No momento, o time de Filipe Luís lidera o Campeonato Brasileiro e está na final da Libertadores, que será disputada em Lima, no dia 29 de novembro. Em ambas as competições, o Flamengo tem o Palmeiras como o grande adversário na disputa pelos dois títulos.

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Caio Rezende
Autor
Carioca, 22 anos, estudante de Jornalismo na Universidade Estácio de Sá e estagiário do MundoBola. Apaixonado por esporte e pela arte de contar histórias que inspiram.